Mont Blanc, joia da Europa Ocidental - 4 de maio 2011

domingo, 31 de julho de 2011
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Este final de semana ficou reservado para uma visita a Chamonix, onde fica o Mont Blanc, montanha mais alta da Europa Ocidental, com seus 4.810 metros de altura e que faz fronteira com a Suíça e a Itália. Se a viagem de Chambéry até lá — cerca de duas horas — já é muito bonita ao passar por vários vilarejos e suas casas típicas, a visão do Mont Blanc e suas neves eternas são de fazer cair o queixo.

Chamonix é uma cidade turística típica, voltada para os esportes de neve, mas com outras atividades nos meses mais quentes, o que a mantêm em funcionamento o ano inteiro. Ciclismo, alpinismo e caminhadas estão entre os mais procurados e as lojas que vendem artigos para esse fim estão espalhadas por suas ruas principais.

Dois estágios da montanha são visitáveis em teleférico: o Monteverdes que fica a 1913 metros de altitude e Aiguille du Midi (“agulha do meio-dia”, em português) com seus 3842 metros. Mesmo nos meses mais quentes, como na primavera e verão, o agasalho é indispensável — de preferência as parcas que são de nylon e protegem mais do vento. No dia que estivemos lá, no estágio mais alto fazia menos seis graus e no mais baixo quatro graus positivos; no entanto, de acordo com a velocidade do vento a sensação térmica varia muito. Existe ainda a possibilidade de visitas num trem turístico que funciona mais no inverno e vai até Bellevue a 1794 metros.

Como toda cidade francesa, o turismo é levado a sério; hotéis e restaurantes estão disponíveis com preços ao alcance de todos. Claro está que na alta temporada os preços aumentam muito e as reservas têm de ser feitas com certa antecedência. Como as regras para novas construções ficaram mais rígidas, pois a própria topografia da região é um fator limitante, o preço do metro quadrado subiu demais, transformando a região numa das mais caras da França.

Uma coisa que nos chamou a atenção, mas que aqui é muito comum, são os espaços, tanto nas estradas como nas cidades e lagos, reservados para piqueniques. As pessoas aqui não se sentem envergonhadas em abrir o farnel e almoçar sanduíches, acompanhados de um bom vinho ou sucos e refrigerantes.

Até o ano de 1792 Chamonix pertenceu à Itália, um território do Duque de Saboia. Em 1792, durante a revolução francesa, a cidade foi invadida pelas tropas revolucionárias de Napoleão e se tornou francesa. Em 15 de maio de 1796, por força do tratado de Paris, ela foi anexada ao território francês. Sua anexação definitiva se deu em 24 de março de 1860, quando o rei Victor Emmanuel assinou o tratado de Turim, cedendo à França, Chamonix e Nice.

Chega-se à Chamonix de trem ou de carro, mas o curioso é que com toda a campanha que se faz aqui para o uso do transporte alternativo, mesmo com o combustível mais caro em função da crise da Líbia, o carro ainda é o meio de transporte mais barato, para quem não viaja em excursão.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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