Colunas
Opinião Pública - 24 de março 2011
O mais antigo esporte — muito praticado, muito antes da primeira olimpíada (e olha que esta ocorreu há mais de 700 anos antes de Cristo) — une a velocidade dos 100 metros, a performance do salto em distância, a mira do arco e flecha, a maldade dos gladiadores, ao barulho do tiro ao alvo. Tal esporte é uma unanimidade, mundialmente praticado, e chama-se: falar mal dos outros — e, em especial, das empresas.
A opinião pública é o resultado de versões contadas pelas pessoas ou pela mídia (e reze para a mídia jornalística não te adotar de forma atravessada), que se torna uma verdade dentro dos outros e chega a assumir características psicossomáticas, capazes de fazer as pessoas terem palpitações de euforia ou enjoos diante de sua logomarca.
A necessidade de controlar opiniões é tão antiga como a de possuir opinião. Não há guerra que tenha sido lutada sem todo um trabalho de informação e contra-informação, não há marca que tenha almejado o triunfo que não tenha tratado seus públicos de influência como consumidores mimados e ávidos por informação.
A estratégia avestruz, aquela aonde se enfia a cabeça no chão e fica-se vulnerável de bunda pro alto, é muito perigosa e nada eficaz. Compreender que falar de sua empresa não é uma opção, mas sim uma realidade, parece consenso — é melhor sua empresa definir o será dito do que deixar aos outros, os esportistas citados no primeiro parágrafo, tal tarefa.
Para qualquer um que entenda de marketing, parecer bom é tão importante ou mais do ser bom. Nesta perspectiva, faz-se mister municiar a opinião da mídia ou dos demais acerca dos dotes que se possui, controlando a contra-informação, aproximando-se dos formadores de opinião, atuando junto aos grandes conjuntos representativos e, permanentemente, mantendo a sociedade que lhe interessa, ou que a influencia, municiada da melhor informação; controlando-se inclusive o entendimento sobre a informação passada.
O velho ditado diz que ninguém é uma ilha, e empresa alguma pode ser ver como tal.
Cuidar da qualidade da informação acerca de seus produtos, marca, projetos, iniciativas e colaboradores é prioridade absoluta.
Nesta que é a sociedade da informação, onde o poder está mais descentralizado através das redes sociais, internet, fóruns de consumidores, onde a mídia não está somente com poucos grupos de alta concentração, mas sim altamente pulverizada, é uma nova competição, um nova modalidade que exige mais performance, mais velocidade, mais mira, mais força e agora, mais tecnologia.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário