Friburguense – O Retorno - Capítulo 5 - Baile da Ressaca - 15 de março 2011

O som dos tamborins cessou nas avenidas. Pelas terras serranas sequer soou neste ano. Mas a bateria da Ultra Facção Jovem Tricolor (é mais ou menos isso, a ordem dos fatores não altera o produto) não parou por nenhum momento no tradicional sábado à tarde, no Eduardo Guinle – ponto de encontro daqueles que acompanham essa jornada de retorno. Neste sábado com um adendo: sábado pós-carnaval, o sábado da ressaca, onde o corpo está cansado e o fígado pede tempo.

Após dez dias sem entrar em campo – o time folgou na rodada anterior e na quarta de cinzas não teve jogo – o Friburguense desta vez entrou no jogo meio que em marcha lenta. Do outro lado, um adversário bem postado, mas sem grandes aspirações. Tanto que o que mais chamou a atenção no Rio Branco não foi nenhum jogador em especial, mas sim o uniforme usado pelos jogadores. Uma camisa rosa e preta, incomum no futebol. Houve quem dissesse que se parecia com os famosos abadás do carnaval de Salvador ou do interior do Rio e de Minas. Um abadá concorrido... Ao fim do jogo, muitos queriam uma camisa daquela para a coleção.

Blocos na rua, ou melhor, em campo. Jogo frio como o tempo típico da serra. O céu nublado que parece não inspirar muito. Com um ataque completamente reserva – Ricardinho (suspenso) e Zambi (contundido) não jogaram –, desfalcado no meio sem Bidú (suspenso) e Rômulo e Marquinhos poupados (começaram no banco), o Friburguense teve uma formação diferente com Leomir e Crispim no meio, Ricardo e Marcelo no ataque.

Poucas jogadas foram criadas até a parada técnica. Após o bate-papo com os treinadores, a palestra de Edson Souza parece ter funcionado mais. No primeiro lance, o gol. Lucas fez excelente jogada pela direita deixando para trás toda a marcação, cruzando com perfeição para o peixinho de Ricardo, que abriu o marcador. A assistência de Lucas foi mais bonita que o próprio gol. Sempre ele! Lucas, o destaque da competição. O Rio Branco sentiu o gol. O Friburguense mesmo jogando de forma mais cadenciada do que nas partidas anteriores, teve ainda mais duas ou três chances de ampliar.

Veio o 2° tempo e o Friburguense não conseguiu jogar. Mais fechado do que na 1ª etapa, o Rio Branco ganhou o meio-campo e passou a comandar a partida. Teve, no entanto, apenas uma ou duas chances claras de gol. O mesmo número de chances desperdiçadas pelo Friburguense, ou melhor, por Ziquinha, que entrara por volta dos 20. Na primeira delas, Lucas colocou Ziquinha na cara do gol... No chute, a bola caprichosamente tirou tinta da trave direita do goleiro Macula. Um pecado não ter entrado. Na segunda chance clara, chute pra fora.

Fim de jogo – vitória magra por 1 a 0. A torcida mal-acostumada com os espetáculos e goleadas queria mais, mas saiu satisfeita... Pelos três pontos e a liderança assegurada, ou mesmo porque o cansaço do carnaval não permitia protestos. No fim das contas, teve gente que até agradeceu... Imagina! Comemorar 5, 6 gols como nos jogos anteriores. Aja energético para o folião que, no dia seguinte, ainda tinha que comemorar os 31 anos de fundação do clube.

BNDES (1)

De acordo com o último levantamento, os bancos privados não haviam liberado um centavo sequer dos financiamentos abertos pelo BNDES aos empresários atingidos pelas chuvas. A burocracia e a falta de garantias são os principais empecilhos, uma vez que os bancos privados, ao aprovarem o crédito, se tornam avalistas dos empréstimos.

BNDES (2)

O Banco do Brasil foi o único a liberar recursos. Em reunião na noite de ontem, 21, em Brasília, o deputado federal Glauber Braga e representantes da presidência do BNDES buscaram soluções para os problemas. Uma das reivindicações apresentadas foi a desburocratização – com a diminuição de apresentação de documentação, especialmente para micro e pequenos empresários.

FGTS

Com relação a liberação do FGTS, a Caixa neste momento faz a segunda chamada do calendário – ou seja, está liberando o FGTS daqueles que não o solicitaram quando da data da primeira letra de seus nomes. O banco – que inclusive tem feito atendimentos aos sábados – avisa que só encerrará o trabalho quando não houver mais demanda.

Empréstimos (1)

A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) aprovou o projeto de lei em que o Governo flexibiliza as regras para a concessão de empréstimos a empresas localizadas em cidades da Região Serrana onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública após as chuvas de janeiro.

Empréstimos (2)

A proposta tem como objetivo garantir o socorro às atividades econômicas dessas cidades. O texto dispensa estas empresas da comprovação de regularidade com o fisco, sem abrir mão da comprovada regularidade com o sistema de seguridade social. O governador tem até o fim do mês para sancionar ou vetar a proposta.

Remédios (1)

Os medicamentos que tem preços controlados pelo governo ficarão mais caros a partir do dia 31 de março. O reajuste será concedido de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – nos últimos 12 meses.

Remédios (2)

No entanto, as listas dos medicamentos com os preços reajustados só serão enviadas pelos laboratórios à Anvisa no fim do mês. Os medicamentos mais vendidos terão aumentos superiores. Fitoterápicos, homeopáticos e remédios vendidos sem a exigência de receita médica não estão incluídos.