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Vai dar tudo certo! - 15 de março 2011
Sai ano, entra ano, o calor do verão e as imagens de belas mulheres nas praias usando biquínis mínimos desencadeiam nas pessoas – em sua maioria mulheres – um enorme desejo de perder peso.
Como este é um desejo nada fácil de resolver, iniciam uma verdadeira maratona em busca da dieta milagrosa, ou do remédio que resolve tudo ou então do chá verde do momento, que promete solução rápida e sem sacrifício, bastam algumas xícaras por dia.
A frequência nas academias de ginástica aumenta muito – faltam vagas e sobram frequentadores em busca de um local onde possam queimar as calorias que sobram em seus corpos, guardadas naquelas gordurinhas que saltam aos olhos e que roupas largas tentam esconder, sem muito sucesso.
Emagrecer, não por questões de estética ou pura vaidade, mas para manter-se saudável e afastar doenças, tem sido ao longo do tempo uma das mais difíceis tarefas do ser humano, principalmente daqueles que trazem na herança genética esta marca.
É tão doloroso e exige tantos esforços quanto parar de beber, parar de usar drogas, ou deixar de fumar.
Se a decisão não vem de dentro da alma, do fundo do coração, não vai dar certo.
Não adiantam as criticas da família,as piadinhas de mau gosto dos conhecidos, nem as advertências dos médicos de que o excesso de peso mata.
Aqueles que não tomam a decisão pela razão, muitas vezes são levados a ela pela dor e pelo sofrimento,infelizmente, em geral depois de um grave problema de saúde que termina em uma internação hospitalar.
Nos casos adequados, onde a obesidade passa a ser uma ameaça de morte para a pessoa, as cirurgias de redução de estômago e desvios do trânsito intestinal – já consagradas mundialmente – são hoje uma excelente solução. Mas o que fazer naquelas outras situações, onde o excesso de peso não chega a colocar a vida em risco mas é causa de doença e sofrimento, alimentando a pressão alta, o diabetes, problemas de coluna como hérnias de disco e outros?
Nestas situações, a perda de peso por meio de dietas e atividades físicas passa a ser a única saída disponível.
Mas todos sabemos, por experiência própria, que comer é uma boas coisas da vida.
A restrição alimentar vai exatamente contra este momento gostoso e relaxante, além de prazeroso, que é o comer. Daí ser difícil, para a maioria das pessoas, manter corretamente uma dieta.
Um verdadeiro arsenal de remédios, de todos os tipos, desde estimulantes até tranquilizantes, estão disponíveis para ajudar os candidatos à dieta, a suportarem os sofrimentos da mesma. Mas, quase sempre, ao interromperem o seu uso, retornam a comer sem controle e recuperam logo os quilos perdidos, caindo então num grande sofrimento e desânimo.
Recomeçam um novo ciclo. Vou tentar uma nova dieta, na próxima vez, vou levar mais a sério, vou começar a fazer caminhadas e vai dar tudo certo!
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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