Design Thinking - 3 de março 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Competitividade, lucratividade, preferência de compra e de lembrança são atributos que empresas, marcas e produtos estão sempre mirando, e muitas vezes errando.

Pensar no consumidor, investigá-lo, descobrir o que realmente agrega valor a ele, o que determina a decisão de compra, o que ele realmente espera e pensa sobre o produto ou serviço - esse é o desafio.

O Desing Thinking ou desenho do pensamento é uma metodologia de análise de mercado e de relacionamento da empresa com seu consumidor que pretende explorar, conhecer e propor soluções que aumentem o valor do que se faz para quem compra e usufrui, e segue deixando uma parcela maior de contribuição de quem usufrui e compra a quem faz.

Orientação à inovação é preceito básico desta modalidade. Trabalhar em grupo e vivenciar experiências dos consumidores e seu cotidiano completam as condutas obrigatórias do Design Thinking.

Um caso clássico são as Havaianas, antes sinônimo de chinelo classe baixa e de atributos puramente tangíveis (não tem cheiro, não soltam as tiras e não deformam), e que na sua reinvenção assumiram uma nova personalidade e um conceito de moda, com estampas diversas, inspiradas no antigo hábito que os consumidores tinham de inverter o solado para poder ter um chinelo capaz de expressar diferenças, combinar com roupas e sair do óbvio.

Grandes marcas, como sempre, são as primeiras a se envolverem com as novas tendências, mesclando-se de tal forma com as novas práticas que chegam a se confundir com o conceito. A gigante P&G, Nokia, Apple, e no Brasil empresas como as rivais Havaianas e Grandene, Brastemp e Natura também investem neste pensamento e ações.

O pensamento do DT, assim como tantos outros preceitos do marketing, não são exclusivos às empresas com fins lucrativos (aliás, tudo no mundo é lucrativo, seja lucro financeiro, lucro de imagem, lucro social, lucro ambiental... o lucro move o mundo) se aplicam portanto ao poder público também. O Design Thinking obriga o vendedor/entregador do produto ou serviço a pensá-lo contextualmente e não restringir-se a um laboratório ou a uma situação isolada.

Pensar na linha de consumo, em que situação será usado, a que serve, o que precisa antes e depois deste serviço/produto, é pensar o design deste consumo. Pense em um serviço de ensino, por exemplo. Cabe à universidade focada em Design Thinking ofertar cursos de nivelamento para os novos alunos, assessoria de preparação de currículo e entrevistas, central de estágio; e negociar cursos de informática, que são imprescindíveis aos profissionais de hoje, etc, ou seja, tudo que é necessário ao seu alunado para que o curso feito por ele possa potencializar toda a gama de oportunidades que são natas e desejáveis por estes “clientes”.

Contextualizar, pensar no pagante, usuário, influenciador, em suas ambições e desejos, parece mesmo ser o caminho mais efetivo para a rentabilidade e perpetuação de marcas, serviços, produtos e empresas, pois parece ser o mais almejado por quem transforma valor em dinheiro - o nosso consumidor.

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