Não sofra inutilmente ! - 1 de março 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Quando o assunto é relacionado às diferenças entre os sexos, as mulheres sofrem mais que os homens em muitos dos quesitos.

Na coluna passada, quando abordamos a questão da glândula tireóide, ficou demonstrado pelas estatísticas que as mulheres são mais atingidas pelas doenças daquela glândula que os homens.Um outro exemplo,apenas para ilustrar, é o dos ossos.

A osteoporose agride muito mais o sexo feminino.

Ainda podemos citar outra diferença dolorosa, que é a depressão. O sexo feminino padece bem mais desta terrível alteração do humor.

Ainda seguindo nesta linha de constatações, um dos muitos estudos que têm sido realizados ao longo dos anos a respeito das alterações da saúde que atingem ambos os sexos é uma recente pesquisa a respeito de dores crônicas - aquelas que passam a fazer parte do dia a dia da vida da pessoa -, realizada por médicos paulistas, e que deixou evidente mais uma vez que as mulheres padecem mais que os homens neste tema.

36% delas, contra apenas 20% deles.

Por diferentes elementos, dos quais não temos absoluta certeza, mas apenas suposições, entre eles fatores hormonais e genéticos, as mulheres são mais predispostas e mais sensíveis a algumas formas de dor. São também menos protegidas pelos analgésicos comuns existentes no mercado - aparentemente suas dores tornam-se resistentes mais rapidamente àqueles produtos.

Os efeitos das dores crônicas na vida delas são devastadores, afetando violentamente todos os setores de suas vidas, desde o familiar e intimo até o profissional.

Os resultados incluem a separação do casal, perda do emprego, afastamento dos amigos e muitas vezes acabam por lançar a mulher numa crise depressiva da qual muitas vezes ela não sai mais.

O uso de analgésicos inadequados, por conta própria, para a maioria das dores, acaba por criar situações difíceis de serem corrigidas mais tarde.

As dores de cabeça e a chamada fibromialgia, são as campeãs absolutas quando se trata de infernizar a vida feminina.

Em cada dez pessoas com estas formas de dor, sete são mulheres.

Só por esta estatística é possível constatar como o sexo feminino é agredido.

Saídas existem, muitas, disponíveis para socorrer e curar: exercícios físicos orientados por especialistas, uso de medicação adequada - e também orientada por médicos com experiência naquelas formas de doença - e psicoterapia, que também se mostra importante principalmente nas situações em que um componente emocional é claramente identificado. Não sofra desnecessariamente, nem tente ficar se cuidando sozinha, isto já se provou que não dá certo.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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