Para a maioria, certamente, não é a melhor idade!

domingo, 31 de julho de 2011

Uma citação bíblica diz que o ser humano foi feito para viver até os setenta anos, e que a partir daí a existência seria repleta de enfado e sofrimento

A realidade do nosso dia a dia, realmente demonstra alguma coisa bem próxima daquela afirmação.Embora, para uma minoria de pessoas com mais de setenta anos, a vida ainda seja bastante animada e cheia de diversões e atividades alegres, o mesmo não acontece com a esmagadora maioria de idosos, não só em nosso país mas na totalidade do mundo.

Limitados em suas capacidades físicas, e também mentais, ficam aquelas pessoas bastante afastadas do convívio familiar e social.Incontinências urinaria e fecal, entre muitas outras dificuldades, como esquecimentos freqüentes de nomes das pessoas com as quais estão se relacionando, são apenas partes do enorme problema que o envelhecer trás para toda esta gente.

Uma questão mundial, vista com muita preocupação pela maioria das nações, é cada vez mais debatida pelas organizações publicas e não governamentais, as chamadas ONGS, é exatamente a de como atuar para buscar as melhore formas de agir afim de enfrentar este sério problema, tanto no aspecto medico e social como no financeiro.É extremamente dispendioso o cuidar do idoso. Faltam locais com leitos e pessoal preparado tecnicamente para este trabalho. O numero de geriatras e enfermagem geriátrica, além de cuidadores treinados para esta atividade, é de longe absolutamente insuficiente para uma mínima atenção adequada.

Um exemplo do tamanho do problema, fica evidente se pensarmos que para atender apenas a um por cento dos idosos carentes brasileiros teríamos que dispor de pelo menos cento e cinqüenta mil leitos.

Imaginem o custo disto em termos de alimentação, recursos humanos e manutenção das instalações, além dos medicamentos necessários, fraldas e produtos de higiene pessoal, por exemplo.

Sem pensar no fato de que estes cuidados devem ser prestados vinte quatro horas ao dia, pelos anos que estas pessoas viverem.

Os progressos das ciências ligadas à medicina, passaram a permitir que o ser humano tenha uma vida mais longa como nunca se pensou, enquanto isto, as previdências publicas que respondem pelas aposentadorias desta gente, não foram planejadas para atender por tempo tão longo a tão grande numero de aposentados, criando dificuldades cada vez maiores para que se cumpra com esta obrigação.

Mas, mesmo naquelas nações onde o idoso recebe uma atenção eficiente do governo, em todas as suas necessidades, seu frágil estado emocional e físico, agravados por sua extrema dependência dos cuidados de terceiros, tornam seu dia a dia um fardo pesado de carregar. Para a maioria, certamente, não é a melhor idade.

TAGS:
Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.