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Quem gosta daqui, compra aqui!
Nova Friburgo e região precisam de união. Rimas à parte, consumir aqui é prioridade.
Nossa economia é forte, mas não é imbatível, ou seja, zelar por ela é fundamental, e cabe a cada um de nós contribuir e se ajudar. Comprar tudo que pudermos por aqui; e quem puder antecipar consumo que o faça, quem puder indicar que indique, quem puder preferir que prefira, precisamos disso, precisamos de zelo.
O cenário permite muitas conjunções, situações e o surgimento de muitos oportunistas, e isso é o que mais preocupa. Há muitas situações de pessoas que não terão seus cheques compensados, que não terão carnês cobrados, porque os cheques, os dados foram destruídos nas chuvas, e eu pergunto: será que irão às lojas questionar ou se aproveitarão da situação?
Outros surgirão sustando cheques, descumprindo pagamentos, não porque tenham justificativas reais, mas porque têm uma desculpa que encaixa, porque têm um senso de oportunismo bem maior que o caráter. O calote em efeito cascata é demasiadamente perigoso. Uma avalanche de não pagamentos pode gerar uma insolvência generalizada.
É preciso que todos sejam justos, honestos e corretos, e cumpram, de preferência pouco além de seus limites, os pactos comerciais ajustados previamente, e ainda mais os novos, assumidos já sobre a poeira do dia 12.
Consumir fora de Nova Friburgo pode ser letal a uma economia machucada. Fazer o esforço para privilegiar empresas locais é dever de cada um de nós, mas é preciso que haja contrapartida, abusos precisam ser coibidos, lojistas oportunistas precisam ser boicotados.
Nossa cidade deu provas de eficiência, conseguimos evitar uma crise de desabastecimento, conseguimos garantir o transporte, a distribuição, a comercialização. Tínhamos o risco de nos perdermos em meio à poeira, mas conseguimos trilhar até aqui o melhor caminho que nos restou e estamos rumo a vias melhores.
Na próxima segunda, 7, vencem os salários, momento que teremos a real dimensão do estrago causado ao capital de giro das empresas de nossa cidade. Na próxima segunda veremos quantas barreiras caíram sobre os caixas das empresas, quanta lama há em suas folhas de pagamento. Será a hora da verdade no que tange ao desastre econômico. É hora de empresas e sindicatos terem clareza, sensibilidade e nenhuma das partes fazer deste momento oportunidade de palanque político ou de vantagens corporativas.
A nós cabe comprar, de forma responsável, justa, mas comprar para aquecer a economia, dar giro aos caixas e perspectivas aos empresários que empregam que seus colaboradores poderão dormir com menos uma preocupação.
Temos que privilegiar nossa economia e região, nossos prestadores de serviço e produtos aqui produzidos, afinal, quem gosta daqui, compra aqui, e temos ainda que vender para fora todo o potencial turístico e as grandes marcas e setores econômicos que nossa cidade tem.
Roberto Mendes é publicitário, especialista em marketing pelo Instituto de Administração e Gerência da PUC/RJ, professor titular da Universidade Candido Mendes e sócio da Target Comunicação
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