Esperança para Nova Friburgo - 1º de fevereiro 2011

Os últimos dias na Região Serrana do RJ e, especialmente, na querida Nova Friburgo, foram tempos difíceis. As chuvas torrenciais, que provocaram o aumento desproporcional de nossos rios e a queda de barreiras, deixaram marcas de dor e sofrimento nestas terras outrora conhecidas por seu povo acolhedor e sua beleza quase paradisíaca.

Nossas palavras são de solidariedade e oração por todos os que perderam parentes, amigos e bens materiais, estes últimos conseguidos com tanto esforço e trabalho honrado. Os números são assustadores e a paisagem que nos rodeia convida à reflexão e à oração.

Uma cor especial, entretanto, que sobressai neste quadro aparentemente composto só por lágrimas, são as virtudes cristãs, flores de intensa vivacidade.

Desde que veio a nosso mundo o Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, as páginas negras da história da humanidade sempre contiveram lampejos de esperança, e mais uma vez se repete esta verdade na recente história das serras fluminenses.

Onde vemos a destruição, vemos também a solidariedade de tantos que, por profissão ou por espírito voluntário, se levantaram para curar, consolar e salvar vidas.

Apesar dos desastres, as ruínas do presente são mais uma vez erguidas pela nossa fé, que ilumina e fortalece, que ergue verdadeiros monumentos à esperança de uma nova “Nova Friburgo” e que incentiva e exige de nós uma caridade operativa, solidária e generosa, que é a verdadeira marca dos discípulos de Cristo. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (Jo 13, 35)

Muito já foi feito graças às doações e aos irmãos e irmãs que se dedicaram ao socorro imediato dos mais necessitados. Entretanto, nossa tarefa ainda não acabou: muitos lugares ainda precisam dos primeiros cuidados e todos devemos agora tomar precauções em relação às construções que foram abaladas e às doenças que surgem depois de acontecimentos como estes. E, nesta tarefa, já temos o caminho aberto pela competência e trabalho das forças de defesa civil.

Gostaria também de agradecer a todas as comunidades cristãs de nossa Diocese que, além de organizar os donativos destinados às áreas atingidas, não deixaram de rezar e, por isso, alimentaram nossa constante atividade que se desenvolve desde a manhã do dia 12 de janeiro. Estes também são pontos da Luz de Cristo.

O quadro que temos diante de nós nos emociona e nos empurra ao trabalho e, estejamos certos, não nos faltará a ajuda da mão de Deus. Deus abençoe a todos.