Roda girando... - 27 de janeiro 2011

domingo, 31 de julho de 2011

O mercado precisa girar. Em meio à reorganização da cidade, precisamos cuidar, e muito, da economia. O comércio, as indústrias, e principalmente a prestação de serviços. Digo principalmente pois este segmento é impedido de gerar estoque, não há como guardar um serviço para depois, todo e qualquer serviço não vendido é um serviço eternamente perdido.

É claro que a indústria tem significativo impacto na economia, sobretudo na geração de emprego. Cuidar da obtenção, e rápida, das linhas de crédito, novas áreas para condomínios industriais, cessão de uso para instalação destas, todo o esforço deve ser feito para que toda a estabilidade financeira e familiar seja mantida a mais próxima do normal.

O comércio precisa de giro. Liquidez é fundamental para que não estrangule o fluxo de caixa do comércio e ameace empregos e a distribuição de produtos. Para isso, cada um de nós pode ajudar, escolhendo lojas de Friburgo, marcas de nossa cidade, proprietários de franquias que sejam daqui, e assim por diante. Quanto mais dinheiro circular aqui, melhor para todos nós, mais do que nunca.

A economia local está em transformação, não há dúvida. Linhas de crédito para alguns segmentos são fundamentais, e redes grandes tendem a ter alta competitividade. Precisamos nos ajudar, nos proteger... Coibir abusos também precisa ser foco dos esforços econômicos. As leis básicas de oferta e procura estão desequilibradas, e zelar por elas é fundamental ao bem-estar da economia. Nossa cidade demonstrou pujança na recuperação dos serviços essenciais e na venda de produtos alimentícios e combustíveis em geral, e casos isolados apenas foram constatados de abusos na comercialização. Ponto pra nós!

O momento é de retração, não somente pela incapacidade de compra de uma parcela de friburguenses, mas sobretudo pela incerteza de como serão as coisas. Mas, o que o mercado local mais precisa é de consumo. Cada um que puder antecipar compras, melhor, melhor para reverter o pessimismo, melhor para injetar dinheiro, dando liquidez às empresas e sossego ao empregador e empregado.

Alguns segmentos estão, apesar dos pesares, sorrindo. Há dez mil pessoas na cidade, vindas de fora, diretamente ligadas às consequências do desastre. Isso gera um consumo excepcional na venda de quentinhas, restaurantes, combustível, hospedagem, alimentação em geral. Outros segmentos apresentam retração grande, como hospedagem de turismo, alimentação de luxo etc..

Alguns mercados tenderão a se recompor rápido. O consumo de autoestima tende a ser o próximo filão. As pessoas querem superar o que aconteceu, esquecer, e em breve será este o passo que todos almejarão. Outros vão explodir, como móveis, construção civil, mercado imobiliário, em alguns bairros, enquanto em outras regiões extinguirão.

Há muita incerteza. Tão logo esta se transforme em certeza e rume ao horizonte da positividade, a roda ganhará sua inércia anterior, e girará. Que todos nós possamos atingir giros ainda maiores, capazes de recompor perdas do passado e alcançar o vigor que a região merece.

A roda precisa girar para que nossa cidade se construa em moldes ainda melhores, se reinventando. Assim, pergunte-se todo dia: já investiu em Friburgo hoje?

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.