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Lições do passado para melhorar o futuro! - 12 de outubro.
Recentemente, consultando informações de um período compreendido entre os anos de 2000 a 2009, da Fundação Municipal de Saúde, tive a oportunidade de avaliar a importância da educação em saúde, que é exatamente o que faço semanalmente, em programações através do rádio, da TV e desta coluna há muitos anos.
Os dados ali contidos, informados ano a ano, nos dão uma visão bastante real das doenças que mais atingem nossa população e dos órgãos mais afetados.
Fica muito claro como é fundamental para a saúde de todos nós a prevenção e os cuidados mais elementares com o nosso corpo.
Quando falamos da importância de se fazer o corpo trabalhar, não apenas no sentido literal da palavra,mas de exercitá-lo, fazer com que os músculos funcionem de forma relaxada, através de coisas tão simples como o caminhar sem hora certa para chegar ou voltar, quando, através desta atividade física, permitimos ao coração que impulsione o sangue, enriquecido do oxigênio, vital para as mais distantes das células realizarem sua função, estamos dando a ele um verdadeiro presente. Como músculo mais poderoso e importante do corpo, ele agradece este exercício salutar e desestressante.
Aí então, voltando aos arquivos da saúde, refletimos a respeito de quantas daquelas mortes, registradas como causadas ou precipitadas pela famosa pressão alta, teriam sido evitadas.
Entre aquelas provocadas pelas chamadas doenças malignas, o câncer, em suas centenas de formas, três se destacam. O do estômago, o da próstata e o da mama.
O primeiro deles, bastante possível de se evitar. Diretamente ligado aos hábitos alimentares. Quando jogamos dentro do estômago quantidades abusivas de alimentos muito agressivos para sua delicada estrutura, como sal em excesso, comidas e bebidas muito quentes e fortemente temperadas, além de muito gordurosas. Álcool em grande volume também.
Próstata e mama, mais simples de prevenir através dos diversos exames disponíveis, e também muito mais conhecidos graças às muitas campanhas realizadas todos os anos pelo Ministério da Saúde, do qual sou médico, e que mesmo assim continuam matando anualmente muita pessoas, que poderiam estar entre suas famílias numa convivência alegre.
Uma das informações, a mais dolorosa e vergonhosa entre todas para nós, as muitas mortes por homicídio, com arma de fogo ou outras, aparecem nos arquivos. Um dado que trás algum alívio é a verificação de que elas estão apresentando uma queda visível, de alguns anos para cá.
Muita gente perdeu familiares nas mortes por acidentes do trânsito, motocicletas envolvidas na maioria deles, principalmente as de baixa cilindrada. Veículos demais para as mesmas ruas de sessenta anos atrás. Fica claro aqui a importância de uma integração entre a Autran e os órgãos da saúde.
Continuar em busca de soluções e alternativas para promover a saúde física e mental da comunidade deve continuar a ser a meta principal do Conselho Municipal de Saúde e da Fundação Municipal de Saúde.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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