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Lula e a imprensa - 28 de setembro.
No dia em que, inflamado, em campanha descarada em favor da sua candidata, o semi-analfabeto Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, teve a petulância de declarar que: “o povo mais pobre não precisa mais de formadores de opinião, pois nós somos a opinião pública”, convenci-me de vez que tudo está perdido, a bossalidade tomou conta de vez de nosso país e chegamos ao fundo do poço em mediocridade.
Quem é esse cidadão que pouco estudou, cuja vida laboral foi curta, pois ao se tornar dirigente sindical cessou suas atividades de operário e uma vez eleito deputado federal por São Paulo no ano de 1986, não disputou um novo mandato por absoluto desinteresse pela vida parlamentar? Que cidadão é esse que tenta convencer aqueles que hoje se encontram numa situação parecida com a sua quando jovem que não é preciso ler, estudar, conhecer para então ter condições de separar o certo do errado e formar sua própria concepção das coisas? Quem é esse imbecil a questionar o papel do jornalista sério, cujo propósito único é informar ao cidadão de princípios e honrado sobre as falcatruas que lhe são impostas por uma trupe de oportunistas, sem nada inventar apenas tornando público o que é tramado na calada das noites do planalto central?
É brincadeira de muito mau gosto querer se arvorar de estadista e afirmar ter exercido um papel importante na crise mundial; só se foi a de papel higiênico. Europeus e americanos amam o “exotismo” dos países emergentes (candomblé, mulher pelada no carnaval, favela etc.) e é dessa forma que eles veem o Brasil e a figura “exótica” deste presidente. Aliás, o presidente do Brasil não estudou porque não quis, pois Marina Silva, por exemplo, alfabetizou-se aos 16 anos, teve vida muito mais sofrida do que a de Lula e não envergonhou ninguém quando foi senadora e ministra do Meio Ambiente; jamais vociferou discursos na base do “menas gente” e “entendo de que”.
Nessa crise, enquanto o mundo se empenhava em banir a ameaça nuclear, nosso presidente cruzava o planeta com sua trupe, às custas do dinheiro público, para passar a mão na cabeça de um ditador sanguinário (vide dados recentes acerca das eleições e repressão à oposição no Irã) e negociar, sem ter aval para isto. Fez exatamente o papel de “bobo da corte”, pois foi assim que a comunidade internacional interpretou a sua atuação no episódio do enriquecimento do urânio pelo Irã. No dia seguinte ao tal “acordo”, que Lula festejou como um feito monumental, Mahmoud Ahmadinejad disse de maneira categórica, que “o processo de enriquecimento vai continuar”, ignorando por completo a mediação de Lula.
Pobre Brasil, pobre povo humilde, cuja formação cultural começa com um ensino público falido, passa pelos maus conselhos de um indivíduo que apregoa ser a leitura algo enfadonho e desnecessário, pois não precisou de nada disso para eleger-se presidente. É esse mesmo povo desinformado que se compromete por tão pouco, pois as bolsas de todo tipo distribuídas pelos programas sociais do governo são na verdade um grande projeto de captação de votos.
Não fosse a imprensa, com seu objetivo maior de informar a sociedade, os escândalos patrocinados pelo partido dos trambiqueiros teriam sido muito piores.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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