Arrancar o mal pela raiz! - 21 de setembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Um detalhe que passa desapercebido, na maioria das vezes, mas que é fundamental para o sucesso dos tratamentos contra os diferentes tipos de câncer é o momento da descoberta da doença. Este fato, com certeza, será fundamental para o futuro da pessoa.

Isto vale para tratamentos aqui em nosso país ou em qualquer dos centros mais avançados em todo o mundo.

Desconhecido pela maioria das pessoas é o fato do câncer se apresentar sob algumas centenas de tipos diferentes, que não poupam órgão, sexo, idade ou condição social.

Rara é a família que não teve a vida de um ente querido roubada por ele.

Quando falamos em números, o que pode causar espanto, talvez já tenhamos atingido as dez centenas, ou passado delas.

Quando relatei a tremenda importância da precocidade do diagnóstico, não exagerei em nada, apenas citei o que ocorre na realidade. Esta questão é crucial para a preservação da vida.

Hoje e, segundo grandes figuras da medicina brasileira, por muitos e muitos anos, o tratamento de grande parte das centenas de formas da doença estará intimamente associado à cirurgia. Na maioria esmagadora dos casos, a quimioterapia ou a radioterapia, isoladamente, não são suficientes para extinguir o mal pela raiz. Esta velha e surrada frase nunca foi tão exata e bem empregada como nos tratamentos contra o câncer. Somente arrancando do corpo o mal pela raiz é que se consegue realmente curar, na completa definição da palavra, um paciente.

Mas, para se conseguir este resultado é que se torna fundamental o momento certo da descoberta .

Nada fácil de se conseguir, pois esta doença anda como o ladrão na calada da noite, passos silenciosos, ocultando-se nas sombras.

Na maioria das ocasiões sua descoberta é casual. Por alguma distração, como dizia um velho e sábio mestre de cirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a doença se denuncia, se deixa descobrir.

Mas quando isto acontece, já podemos ter perdido o melhor momento para conseguir a cura. É como chegar ao ponto do ônibus logo que ele acabou de passar. Podemos correr atrás dele, tentar um atalho para alcançá-lo, gritar para o motorista esperar e tudo o mais que se possa imaginar, mas a possibilidade de sucesso será pequena.

Como um leão espreitando sua caça, só se deixa ver quando a vítima não tem mais chance de correr, assim age o câncer.

Estar atento aos menores detalhes, principalmente depois dos quarenta anos de idade. Prevenir ainda é a melhor conduta que todos devemos ter.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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