Um país fantástico chamado Brasil - 10 de setembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Este país é fantástico. Os militares deram um golpe de estado e implantaram uma ditadura para proteger o país de uma iminente Revolução Bolchevique, que transformaria o Brasil numa antena de Moscou. Era o perigo vermelho a nos ameaçar, sobretudo às nossas crianças, já que naquela época os democratas mais intransigentes alardeavam aos quatro ventos: “comunistas devoram criancinhas”, eram verdadeiros canibais vermelhos.

A Terra deu várias voltas em torno do seu eixo e do Sol e ao se iniciar a segunda década do século XXI, eis que corremos o risco de vermos os mesmos militares que perseguiram nossa terrorista mais célebre, Dilma Rousselff, a baterem continência para aquela que deverá ser a chefa suprema das Forças Armadas.

Sem tiros, sem atentados, sem palavras de ordem, apenas usando e abusando do poder econômico e dos butins nossos de cada dia, os oportunistas atuais do planalto estão chegando lá. O ‘Partido dos Trambiqueiros’, outrora uma agremiação a alardear seriedade e luta pela democracia, se desnuda e mostra sua verdadeira cara. A conquista do poder justifica quaisquer meios e a implantação de um sistema de governo tipicamente de esquerda, onde a liberdade de expressão está sempre sob pressão e os cidadãos tratados como verdadeiros debilóides é a meta maior. O que é pior, tendo suas vidas devassadas e escancaradas por órgãos que deveriam ser sérios como, por exemplo, a Receita Federal. No entanto, sob a batuta de ministros sem personalidade, verdadeiros fantoches nas mãos das maquiavélicas cabeças pensantes do planalto, tenta-se minimizar a gravidade desses atos infames.

Deus me livre ter um pai Lula e uma mãe Dilma, um lar com essa dupla seria um horror. Enquanto um seria capaz de confundir “um pouquinho de macarrão com um porrão de macaquinhos”, a outra não hesitaria em editar medidas provisórias, mesmo que duvidosas para atingir seus objetivos. Afinal seu passado não deixa margens a dúvidas e com o nível dos nossos políticos, um agrado aqui e outro acolá os tornaria todos dóceis cordeiros.

Pobres de nós eleitores comprometidos apenas com o objetivo de eleger o melhor para o Brasil, aquele Chefe de Estado ou representante nas câmaras estadual ou federal, sensíveis aos anseios de brasileiros pobres ou ricos, cuja preocupação maior é ter uma qualidade de vida compatível com os impostos que pagam. “Se correr o bicho pega se ficar o bicho come”, pois de acordo com Fátima Pedrete, chefe de cartório da 222ª Zona Eleitoral de Nova Friburgo e coordenadora do 17º Polo Eleitoral do estado do Rio de Janeiro, não existe na legislação eleitoral a anulação de uma eleição através do voto. O voto nulo traduz apenas a vontade do eleitor em não escolher um candidato ou legenda.

Tal ato tem apenas efeito moral, pois se mais de 50% dos eleitores anularem seus votos, mostrara apenas o repúdio da sociedade com o atual sistema político e com os candidatos que aí estão, seja para as eleições majoritárias (presidente e governador), seja para as proporcionais (deputados e senadores). A nulidade do ato eleitoral fica por conta apenas de eventos que maculem o processo, por exemplo, se uma urna for roubada ou se um candidato for impugnado pela compra de votos.

Portanto se a intenção do eleitor é pela anulação do seu voto, deve digitar um número que não pertença a nenhum partido ou candidato, assim que aparecer na tela os dizeres: “seu voto é nulo, confirma?”, basta apertar a tecla verde de confirma. Depois é torcer para que 51% ou mais dos eleitores façam a mesma coisa e o Congresso, envergonhado, altere as regras do jogo. Sonhar é de graça.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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