Viva Nova Friburgo!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Desde a nomeação como bispo de Nova Friburgo, uma enorme expectativa invadiu o coração do pastor: o desejo de conhecer a história e o cotidiano do povo a mim confiado.

No dia 13 de março, tomei posse nesta querida Diocese. Uma verdadeira torrente de projetos passavam pela minha mente.

Iniciei uma série de visitas aos padres e ao povo, que em número tão expressivo acorreu à Praça Dermeval Barbosa Moreira para participar do início da missão pastoral. Lembro-me que lhes havia dito: “Logo serei eu a visitá-los”.

Hoje, depois de estar em mais de dois terços do território diocesano, quis partilhar com os leitores de A Voz da Serra a alegria de pertencer a esta porção do povo que o Senhor me confiou. Grande foi o acolhimento vindo de tantos que recebiam o bispo com esperança de que ele impulsione a Igreja Friburguense, tarefa que, por sinal, seria impossível sem a ajuda de um clero e muito aguerrido.

Alguns poderiam até retrucar com a expressão já bem conhecida: “ele não sabe da missa a metade”. No discurso de posse, manifestei o meu conhecimento de que “nem tudo são flores”, pois o jardim da realidade humana não seria completo se faltassem as folhas e os caules, nem sempre crescendo como gostaríamos, e os espinhos, que nos lembram ser a dor uma realidade presente em nossa vida.

Agradeço a Deus por tudo: pelo povo, pelos meus padres, religiosos, religiosas, diáconos, leigas consagradas, seminaristas, movimentos e novas comunidades, jovens, pela exuberância de uma natureza que certamente rivaliza com as nossas idealizações do paraíso e finalmente pela riqueza de uma história que começa com um grupo de colonos suíços, sua longa e trágica travessia oceânica e sua árdua jornada final por “uma picada muito precária no meio de tenebrosos precipícios e abismos imensos”, como descreveu o pároco da colônia, pe. Joye.

A maioria das famílias dos primeiros colonizadores suíços eram católicos e encontraram nas terras da antiga Fazenda do Morro Queimado o termo de sua longa viagem migratória.

Na futura Vila que o próprio rei D. João chamou “Nova Friburgo”, quis o rei, como prova de singular afeição, que a Igreja paroquial da colônia recebesse o nome de sua Real Pessoa (São João Batista), e que hoje é referência maior de toda a Diocese: a Catedral de São João Batista.

Não pretendo discutir sobre a história em seus diversos matizes, deixo ao leitor a curiosidade de buscar uma farta literatura e documentação abundante, porque o artigo de hoje se intitula: Viva Nova Friburgo!

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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