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Elas merecem!
Apesar de todos os esforços e lutas, durante muitos anos e ainda hoje, as mulheres sofrem em diferentes partes do mundo pela falta de reconhecimento de sua vital importância naquelas sociedades.
Mesmo entre nós e em países ditos de primeiro mundo, as formas de discriminação persistem. Uma das mais frequentes e discretas, pois ocorre nos contracheques que quase sempre elas evitam exibir a outras pessoas, é a remuneração inferior à dos homens, mesmo quando as tarefas realizadas são idênticas.
O sinal de partida para a batalha da conquista de direitos e reconhecimento, foi dado nos Estados Unidos da America do Norte. Uma fábrica de tecidos, onde um grupo de mulheres ousou iniciar um tímido protesto por mínimas condições de trabalho e dignidade, teve suas portas fechadas por ordem do proprietário. Com as operarias presas lá dentro o prédio foi incendiado como forma de castigo, e para servir de ‘lição’ a todas aquelas que ousassem, em qualquer parte do país, cometer o mesmo ‘crime’.
Este ato monstruoso teve efeito contrário ao esperado.Ele foi a semente do movimento de libertação feminina, que cresceu com força e intensidade e se espalhou para outras nações.
A utilização de técnicas de convencimento, utilizando ideias religiosas e de falsa moralidade, foi uma das muitas formas utilizadas pelos homens para manter o sexo feminino com sua autoestima bem baixa.Conceitos como o de sexo frágil e outros mais, mantiveram durante longos anos as mulheres imobilizada numa espécie de jaula cujas grades eram feitas de palavras.
De forma lenta, mas gradual e incessante, elas foram enxergando para além daquelas grades e descobrindo suas enormes potencialidades. Não vieram ao mundo para gerar e amamentar filhos ou cuidar dos homens e de suas casas, mas para serem também construtoras de uma sociedade justa e igualitária para todos.
Hoje, não há uma só área da atividade humana, com raras exceções, onde elas não estejam presentes e atuantes. Sua presença já é majoritária em muitas profissões.
O magistério, a justiça, a medicina e a advocacia, sem esquecer a atividade política, vital para a sobrevivência da democracia e para o equilíbrio das nações, são alguns dos exemplos que podemos citar. Mas existem centenas de outros de igual importância que seria impossível nominar numa coluna do jornal, tão vasto o seu numero.
Alguns grandes e importantes países do ocidente e do oriente são governados por mulheres, assim como gigantescas corporações industriais.
Esta semana, especialmente ontem. 8 de março, comemoramos o dia internacional da mulher. A você, mulher friburguense, presente também em todas as atividades de nossa terra, como mãe e trabalhadora, envio um abraço fraterno de respeito e admiração.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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