Colunas
DE VOLTA AO COMBATE
A gente só dá valor às coisas quando as perde. É assim com a saúde. Enquanto se tem força e energia para trabalhar e seguir os ritos da vida a gente pouco se importa com a saúde. Quando a perde, percebemos que sem saúde não dá para fazer absolutamente nada. Nem trabalhar, nem se divertir. Nem ganhar dinheiro, nem gastar. Nem ser feliz plenamente. Por isso, quando tenho um desejo para uma pessoa eu sempre desejo saúde e paz e complemento: saúde e paz porque o resto a gente faz. Com saúde tudo se pode!
Estou de volta ao combate após uma semana, forçadamente, afastado. Ainda não 100%, mas me recuperando, retomando a vida. Como orienta o meu médico, doutor Glauco, retome a vida pouco a pouco, aproveitando essa energia de quem ainda tem menos de 30. Aliás, algumas coisas me chamaram a atenção nesse período. Mas antes, para conhecimento de todos, relato resumidamente o ocorrido: no domingo, 17, acordei com fortes cólicas renais, é uma dor insuportável, a dor mais doída que já tive. Dizem que é igual ou pior do que a dor do parto. Nunca vou saber de fato se é mesmo. O fato é que dói muito e não há posição para ficar. O único jeito, apesar de relutar, foi ir para o hospital. Recebi toda assistência médica em um atendimento humano e elogiável na Unimed, o que me deu orgulho em pagar um plano de saúde. Conheci o doutor Glauco que, ao lado da minha família, namorada e dos meus amigos, foi meu grande aliado na busca por resolver o problema. Acabei sendo internado, após a constatação de que um cálculo grande obstruía o rin esquerdo. Foi decidido que se faria uma cirurgia, já na noite de terça, 19. A cirurgia foi um sucesso, mas o resultado dela só nas próximas semanas após uma bateria de exames. Entrei na parte mais chata do procedimento que é o pós-operatório. Com todo o acompanhamento do doutor Glauco que é o médico mais presente que já conheci. Anteontem mesmo, 24, voltei a ter uma crise forte. Doutor Glauco me passou um remédio que realmente aliviou a dor, absolutamente normal, após ter tido o organismo mexido e remexido. Duas horas depois, ele me ligava, em pleno domingo, para saber sobre o meu estado e me passando todas as orientações possíveis. Ainda estou em recuperação, medicado, mas o melhor remédio é voltar ao combate, ainda não plenamente, mas voltar é preciso. Uma semana que pareceu um mês para mim.
Bem, as coisas que me chamaram a atenção nesse período e acredito que chame a atenção de todos que passam por isso e claro por situações mais graves. A minha foi marolinha, como diria o presidente Lula, perto dos problemas de tantos outros. Mas me chamou a atenção que há outros que tem paixão por aquilo que fazem. Eu amo meu trabalho e me sinto vazio, deficiente quando não posso cumpri-lo. O doutor Glauco é assim. Ele ama a profissão dele e a faz com talento, dando atenção máxima ao paciente, preocupando-se com o paciente, fazendo tudo que está ao seu alcance. E isso é muito bonito na medicina de hoje que cada vez dá menos importância ao atendimento humanizado, justamente pela oferta pequena e demanda gigantesca. A família. E aí incluo a namorada, sogros e os poucos e bons amigos. Nada é mais importante que essa gente. A gente vive por eles e se tiver que morrer, também morre por eles. Isso é amor! Amor requer cuidado, trato, atenção. É bom amar e ser amado. São eles que testemunham a nossa história e comprovam a nossa existência. Nos aturam, nos orientam, fazem toda a diferença no dia a dia. E, por fim, as pessoas que acompanham aquilo que a gente faz. Eu não imaginava, mas o carinho das pessoas comigo me surpreendeu positivamente. As mensagens, as orações, os pedidos de retorno breve... Isso mexeu comigo e me deu a sensação de que estamos no caminho certo e que há por que trabalhar e acreditar no trabalho. Não só por obrigação ou dinheiro ou sobrevivência. Mas pelo que realmente importa, por idealismo e paixão por essas e a essas pessoas. A vocês meu muito obrigado por toda a motivação, pela preocupação, por tudo! A vocês a promessa de que continuarei firme nos meus propósitos. Estou de volta ao combate. A vocês dedico a coluna de hoje, um pouco diferente do habitual. Alguns poderão até dizer: “Mas que coisa mais interiorana!” Pois é! Essa é a diferença do interior para os grandes centros. Ainda sabemos reconhecer e agradecer! Por isso, orgulhosamente sou interiorano, orgulhosamente sou homem da montanha!

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário