Síndrome do Pânico – definição, causas e tratamento

A Doença do Pânico, Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico (síndrome é o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma enfermidade física ou mental), é uma das manifestações dos Transtornos da Ansiedade.

Todas as pessoas têm temperatura corporal, (normal é 36,5 C), mas nem todas têm febre. Todas as pessoas têm ansiedade, mas nem todas têm ansiedade muito alta. A crise de pânico é uma crise aguda de ansiedade excessiva.

Há alterações cerebrais que geram sintomas parecidos com os da Síndrome do Pânico. É prudente fazer exame neurológico e de Ressonância Magnética Cerebral quando a pessoa apresenta sintomas que parecem ser pânico. Se os exames forem normais, podemos começar a pensar em problema emocional.

O diagnóstico de Transtorno do Pânico inclui: vários ataques dentro de um mês em situações sem perigo objetivo; ausência de nível alto de ansiedade nos intervalos dos ataques; cada ataque produz sintomas como taquicardia, sensação de morte iminente (geralmente idéias de morrer de ataque do coração), e/ou sensação de perda do juízo ou da identidade, sudorese, sufocação, aflição, etc. Pode ocorrer só um único ataque de pânico na vida. Pode ter um distante do outro, ou uma sequência deles em pouco espaço de tempo. Quando ocorre perto um do outro, chamamos de Transtorno, Doença ou Síndrome do Pânico. Quando é um ataque isolado, chamamos de Ataque ou Crise de Pânico, que é uma crise aguda de ansiedade excessiva.

A neuroquímica explica que neste ataque há alterações da neurotransmissão (nas substâncias cerebrais). E do ponto de vista psicológico autores afirmam que ele ocorre em pessoas aparentemente autônomas, independentes, ativas, empreendedoras, que quando algo ameaça sua segurança e união afetivas, dispara um “curto-circuito” emocional, com os sintomas acima.

O pânico pode existir junto com uma fobia ou não. Fobia é um medo específico. Uma fobia comum em pessoas com ataques de pânico é a agorafobia, que é medo de espaços grandes e abertos, na verdade, reflete insegurança do indivíduo de estar na rua, no supermercado, no shopping, etc. Alguns têm crises de pânico com agorafobia, outros só têm as crises de pânico.

Quando alguém apresenta conflitos em sua vida ainda sem solução, isto aumenta a ansiedade, ou gera depressão. Se a ansiedade aumenta demasiadamente, ela pode ser manifestada através de vários tipos de transtornos, como a Doença do Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Generalizada, Fobia Simples, Fobia Social, Agorafobia, Transtornos Conversivos, Transtornos de Somatização, Neurastenia, etc.

Conflitos mal resolvidos, ou que estão em processo de resolução, podem ser conscientes ou inconscientes e ligados ao passado (infância, adolescência) e/ou presente. Podem ter causado uma forma de pensar distorcida. E ao manter-se formas erradas de pensar, a ansiedade pode aumentar muito. Pessoas que sempre interpretam de forma trágica os eventos, só olham para o lado sombrio, cultivam uma forma de pensar negativa, pessimista, favorecem, assim, o aumento da ansiedade e o surgimento de depressão.

O tratamento do Transtorno do Pânico envolve (1) psicoterapia, (2) medicação e (3) apoio familiar. Se a pessoa com síndrome do pânico não aprende a mudar sua forma de pensar e lidar com suas emoções, os remédios não darão conta de eliminar as crises. Então, surgem perguntas para pensar: Há conflitos em sua personalidade a serem resolvidos? Há tensões emocionais em suas relações sociais? Há dificuldades de autonomia emocional? Há lutas quanto à questões de valor pessoal? Absorve responsabilidades demais? Tem dificuldades em colocar limites, pedir coisas para si, receber ajuda, dizer “não”? Cultiva formas negativas e pessimistas de pensar?

Se você tem problemas nestas áreas, eles precisam de solução, gradativa, passo a passo, lutando para treinar pensamentos saudáveis, de esperança, de alegria, de perdão, de reconciliação, de valor pessoal, não se concentrando em emoções dolorosas.