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Marqueteiro
O marqueteiro é uma peça importante nas campanhas eleitorais. Geralmente a plataforma é criada por um grupo de políticos do seu partido juntamente com a agência de publicidade e, claro, a opinião do candidato. O marqueteiro contrata um estúdio de jingles e dá o "briefing” para que a campanha seja toda integrada. Filmes, pontos de venda, placas, cartazes, trilhas sonoras, discursos e etc.
Depois de perder três eleições, Lula e seu partido contrataram Duda Mendonça para ser o seu marqueteiro. Estava na memória o debate entre Lula e Collor. O candidato do PT apareceu na televisão com um paletó marrom e suando em bicas. Não era uma boa imagem. O Collor de terno azul, camisa branca e maquiado. Deu Collor. Duda mudou tudo: a roupa, a maneira de falar e baixou o tom do candidato. Era o lulinha paz e amor. Lula venceu e Duda tinha como redator e criador João Santana, que agora dirige o marketing político de Dilma. Já havia trabalhado com ela na primeira eleição e conhece tudo da candidata. A campanha do Aécio, herdeiro político de Tancredo Neves, tem uma equipe azeitada. Agora, vai ganhar quem se apresentar melhor na TV. Olho no olho, firme e forte, e de vez em quando, o olho na lente da câmera para falar com o telespectador. O debate vai decidir a eleição com tempos iguais na TV. Continuação do PT ou mudança? Razão ou emoção? É outra eleição. Votem, fiquem em paz com suas consciências — e que vença o melhor.
P.S.
1) O momento mais importante do debate é quando um candidato faz perguntas para o seu oponente. Geralmente é tramando a réplica. Aí é que aparece a astúcia do marqueteiro. Ensina o jogo.
2) Depois de três eleições, Crivella pintou no segundo turno. O seu atual marqueteiro é o publicitário Lula Vieira, um craque no ramo. Deixou o candidato mais agressivo. A vitória vai depender das alianças. A política é a arte do possível. Garotinho aderiu a Crivella. Pezão não perde a calma nos momentos em que é mais atacado. Tá bonito de se ver!

Jorginho Abicalil
Recado de Jorginho Abicalil
Como era Friburgo antigamente? O que o tempo fez mudar? O que não mudou em nada? Essas e outras questões são abordadas, aos fins de semana, na coluna “Recado de Jorginho Abicalil”, onde o cronista relata a Nova Friburgo de outros carnavais.
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