Quando quem é melhor, erra!

domingo, 19 de junho de 2016

Amigos, um empate com sabor de derrota. 2 x 2 com o São Paulo, jogando com mando de campo, com um jogador a mais no segundo tempo e penalti no último minuto. Ingredientes para garantir os três pontos na tabela. Se o Flamengo vence, sobe para o G4. Se o Flamengo vence, ficava a três pontos da liderança. Se o Flamengo vence, Zé Ricardo se garantiria no cargo. Ah, o se... Tanta coisa na nossa vida seria diferente se pudessemos manipular o SE. Mas, como só temos o FOI, tem uma situação que acho meio injusta com alguns jogadores que foram bem, mas que foram super criticados depois do jogo, e algumas que acho que precisam ser ponderadas, já que poucos se atentaram ao fato.

Por exemplo, muita gente defende Alex Muralha como goleiro do Flamengo, no lugar de Paulo Victor. De acordo com alguns, ele tem dado mais segurança à defesa e se mostra mais "confiável". Contra o São Paulo, quase não apareceu mas, quando foi exigido, falhou. No segundo gol do São Paulo ele saiu caçando borboletas, e repetiu a dose em um outro cruzamento vindo da esquerda na etapa final. Mas não vi ninguém comentando a atuação do camisa 38 do Flamengo... E se, Muralja tivesse saído bem do gol e cortado o cruzamento pro Calleri?

Por outro lado, Márcio Araújo foi o segundo jogador do Flamengo que mais acertou passes. Foram 64. Com quatro desarmes, foi o melhor dogador Rubro-Negro nu fundamento. Só que existe essa insatisfação coletiva pra cima do volante do Flamengo. E mais, bastou o juiz não marcar falta do atacante do São Paulo para colocarem no camisa 8 a culpa pelo primeiro gol. Não dá! Se Cuellar não está jogando, só quem está lá dentro pode saber, mas o que estamos vendo, aqui de fora, credencia Márcio Araújo a ser titular e desempenhar a função na qual atua. Ora, e se ele não consegue fazer os desarmes do jogo deste domingo, em um jogo contra um time com tanta qualidade técnica do outro lado?

O próprio Flamengo, foi melhor contra o São Paulo. Tocou melhor a bola, finalizou mais, propôs mais o jogo. O time apresentou um padrão de jogo mais consistente e fez, na minha opinião, jogo melhor do que a vitória contra o Cruzeiro, na semana passada. É o segundo time que mais desarmou no Brasileirão. Zé Ricardo ia bem, mas colocou Gabriel e Fernandinho em campo, com um jogador a mais. O time perdeu a referência, e só ameaçou nos escanteios e, consequentemente, perdeu poder de fogo. E se ele coloca Nixon no time? Mas, e se entrasse Pará? Difícil saber o que aconteceria...

E aí chegamos em Alan Patrick. 

O cara foi o melhor em campo, acertou 53 passes, errou só quatro, virou jogo, criou jogadas, finalizou, cobrou todas as bolas paradas do time... E vem o penalti, aos 48. Eu acho que penalti tem que ser chute forte no alto, seja em qual momento do jogo for, mas ele tentou enganar o goleiro e bater colocado. Errou, e jogou fora a chance de um resultado importante para o Flamengo. Mas, há algumas rodadas, em circunstância parecida, ele bateu a penalidade que deu o empate ao Mengão, em casa, contra a Chapecoense. No jogo de ontem, cobrou a falta que originou o gol de empate, de William Arão. E se ele perde aquele penalti contra a Chapecoense? E se ele tenta bater a falta direto, e não cruzar?

Temos que ter paciência, e tentar segurar a emoção em uma situação como essa!

E, pra concluir, ouvi uma frase sensacional na noite deste domingo, e que resume bem "Não se pode criticar o Alan Patrick por perder o penalti. Até o melhor do mundo, CR7, perdeu" (No sábado, pela Eurocopa, em Portugal 0 x 0 Áustria)

Pois é, até os melhores erram!

Semana que vem a gente volta!

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.