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Jogo dos sete erros
Amigos, ser flamenguista não é fácil mesmo! Durante a semana, acompanhei o comportamento de vários amigos Rubro-Negro e, principalmente, depois da rodada do meio de semana, era unanimidade que os três pontos estavam garantidos contra o Fluminense. Some isso às derrotas de Palmeiras, Internacional e Grêmio. "Vamos estar a dois pontos da liderança". Ledo engano. Este domingo foi mais um daqueles exemplo em que o Flamengo está com a faca e o queijo nas mãos, mas se corta, se suja todo, e ainda fica com fome. O time terminou a rodada fora do G4 e tem sequência difícil, com confrontos diretos, contra Inter e Corinthians.
E olha que na semana passada falamos sobre erros aqui na coluna, defendendo a atuação dos jogadores. Mas, na rodada deste domingo, foram eles que definiram o placar a favor do time das Laranjeiras. O Flamengo perdeu pra ele mesmo.
O jogo de domingo começou com um erro logo na escalação. Infelizmente, Rodinei não estava em condições de iniciar a partida e deu lugar à Pará. Pois é, ele mesmo! Apareceu logo como titular. Talvez, taticamente, haja quem o considere um bom jogador. Diferente de mim. Há alguns jogos, ouvi um comentarista dizendo que o Flamengo precisava, urgentemente, de uma sombra pra Rodinei na lateral, pois este aparentava comodismo na posição. Esse é um erro de planejamento. Acho que a diretoria precisa olhar para o setor, buscar alguém no mercado e investir na direita. Pará não é a solução, o Rodinei de hoje também não.
O segundo erro foi no arremate. Ao longo do primeiro tempo, foram doze chutes a gol com três chances reais do Mengão abrir o placar. As principais nos pés de Alan Patrick. Mas o camisa 19 não estava com o pé calibrado e desperdiçou as melhores oportunidades. E como diz aquele velho ditado "A bola pune!"
Na volta do intervalo, quando Ederson saiu para a entrada de Emerson, percebi mais um equívoco. Naquela altura do jogo, o problema do Flamengo não era velocidade, mas a qualidade na conclusão. Guerrero, até então, não havia recebido nenhuma bola em condição de finalizar. Acredito que não era necessário mexer no time, a não ser que o camisa 10 tenha sentido alguma lesão ou o desgaste da intensa primeira etapa de jogo. O fato é que a mudança quebrou o estilo de jogo implantado no primeiro tempo, e o time voltou de outra forma para os 45 minutos finais. Período este que mal começou com um erro - desta vez, contundente - do Flamengo. Poxa, William Arão, você estava tão bem, rapaz! Como você cabeceia aquela bola no ângulo? Contra o próprio patrimônio?! Ali, foi a primeira prova de que, realmente, algo daria muito errado no fim do jogo.
Mesmo depois do empate, o Flamengo seguiu errando muito, e dando espaços para os contra-ataques. E aí aparecem dois dos erros que determinaram o resultado.
Primeiro, o individualismo de Fernandinho. Mesmo sendo um bom jogador, comprometeu, sendo desarmado pelo meio, entre vários defensores. Mas ainda é algo normal! O problema é que, depois do chutão da zga tricolor, Réver acionou Rafael Vaz. Daí vocês já devem saber. Um erro crasso, lamentável e determinante. Me perguntaram o que foi mais decisivo no jogo: o gol contra de Arão ou a assistência de Vaz? Acho que a segunda foi pior, por ter definido o resultado e pela forma que foi. Acho que foi um misto de desatenção e excesso de confiança. O resultado desta soma foi o gol do Flu, e 3 pontos que não foram adicionados à tabela Rubro-Negra.
Se existe um sétimo erro foi o resultado em si e suas consequências. Afinal, o torcedor vai ter que passar a semana convivendo com frases do tipo "Perdeu pro Fluminense, com gol contra de ex-Botafogo e assistência de ex-Vasco". Não é mole não, turma!
Se tem algo positivo que possa ser tirado dessa partida foi o retorno de Guerrero. Ele voltou às redes e parece que pode render mais nesse time mais organizado. Mas é melhor nem contar isso, né? Se observarmos, o placar erros x acertos dá 7 x 1!
Na semana que vem a gente volta!
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