Ataque destruidor x Defesa destruidora

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Amigos, acordar cedo nesse domingo para assistir o Mengão foi difícil, né? Aposto que teve muita gente que saiu no sábado, aproveitou aquela balada "de lei" e sofreu para levantar às onze da manhã para torcer pelo time do coração. Muito bacana esse novo horário do Brasileirão, com estádios cheios e jogos de alto nível. Só que pro torcedor do Rubro Negro, a matinê deste domingo causou uma baita de uma dor de cabeça. Quem esperava comer uma carne de porco, acabou com uma indigestão daquelas, para estragar qualquer churrasco no domingão.

O Mengão tem feito bonito como visitante neste campeonato, com uma campanha mais bem sucedida longe dos seus domínios. Mas, dessa vez, o anfitrião foi meio "duas caras", aquele que ameaça te receber bem mas coloca a vassoura atrás da porta para te mandar embora logo. Foi meio que assim o jogo. Não adiantou o Mais Querido do Brasil chegar no Allianz Parque com personalidade, como o namorado que chega à casa dos sogros no domingo de chinelinho, camiseta, bermuda e perguntando "Cadê o almoço?". Logo no início, o gol de cabeça do Verdão foi um balde de água fria, daquelas para acordar quem ainda estava dividido entre o sono e o jogo na TV. O gol saiu depois de uma jogada aérea, ponto fraco da defesa do Fla.

De forma impressionante, o Flamengo foi superior no jogo deste domingo. Foram 21 chutes a gol contra 12 do adversário. Trocou quase o dobro de passes em relação ao adversário e teve aproveitamento muito superior. A posse de bola do Rubro negro foi de mais de 60%. O que isso significou? NADA! O Mengão tocou bola como a Espanha, foi ofensivo como a Argentina, se movimentou como a Colômbia, mas se defendeu de forma ingênua como algumas seleções sem tanta tradição no futebol e teve atuações individuais de zagueiros dignas da Seleção do Taiti (quem assistiu a Copa das Confederações de 2013 vai me dar razão). 

Falta ao time um equilíbrio tão pontual que a mais leve das brisas pode fazer diferença. E, neste domingo, ventou forte na Arena Palmeiras. Não adianta ter uma ataque forte com uma defesa frágil.

Por 59 minutos, deu para acreditar na vitória, mas o gol contra do Samir desanimou de vez. Daí pra frente, foi um passeio Alviverde. Até o Alecsandro fez gol e tirou onda de Cristiano Ronaldo. Ê fase... Mesmo assim ,dá pra tirar algo de positivo: a estrela e a qualidade que o Ederson pode oferecer a este time. Dois gols, tabelas e uma expectativa enorme em cima do camisa 10.

Dá pra imaginar um time com Alan Patrick, Ederson, Everton, Emerson Sheik e Guerrero? Daria, se o Cáceres não estivesse de saída. Na minha opinião, é o único que poderia dar uma segurança maior na frente da zaga. Jonas ainda não é esse jogador.

Com todas essas circunstâncias, quem balança, balança, mas não cai, é Cristóvão Borges.

Só tem uma coisa que pode melhorar o astral do torcedor: o jogo de quarta feira. Nada melhor que pegar o Vasco, em uma fase eliminatória, após o adversário perder em casa, no último minuto, com requintes de crueldade, estacionado na lanterna do Brasileirão. Há cenário melhor? 

Segunda feira a gente conversa. Até a próxima!

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