Pelo dia 2 de novembro

sexta-feira, 02 de novembro de 2018

Sempre é tempo para a mais singela homenagem e o profundo reconhecimento da importância aqueles que jamais deveriam deixar de ser lembrados: nossos ancestrais e antepassados. O que seríamos de nós sem que tivéssemos na nossa origem, a base irrefutável do ser que somos?

Há quem possa achar irrelevante o papel daqueles que não estão mais juntos de nós, mas cujas existências alicerçaram nosso nascimento, nossa herança genética, nossa bagagem histórica e nosso patrimônio espiritual. Para mim, é imensurável. A raiz da árvore é tão grandiosa quanto o caule, os galhos e os frutos frondosos de hoje.

Na data de hoje, 2 de novembro, independente de crenças e religiões, acredito que muitos voltam seus pensamentos àqueles que fazem e fizeram parte de suas vidas e não estão mais juntos de nós. Muitos se envolvem em uma introspecção típica da saudade, outros prestam homenagens, alguns se dedicam às lembranças e tantos mais às orações.

É dia de flores, de rememorar de onde viemos, de reverenciar nossas bases familiares, nossos afetos que se encontram em outro plano. Dia de ir além. Literalmente. De alcançar a grandeza que é ser a continuidade de uma linhagem familiar. Edmund Burke escreveu: “as pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados.”

Faço minhas as palavras dele. Não há futuro, nem passado e quiçá o presente sem essa interligação magnífica que pressupõe a própria evolução da vida.  Há um valor inestimável em reconhecermos a importância dos antepassados em nossa própria existência. E agradecer. Reconhecer esse papel. E novamente agradecer. E elevar o pensamento para que a luz se expanda por todos e assim possam iluminar essa sequência que une de alguma forma a todos nós. Que seja, afinal, e apesar de tudo, um dia feliz.

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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