O ano não acabou

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Acabou o ano? Estamos em pleno dia 13 de dezembro, sexta-feira, e muitos já falam que o ano de 2019 terminou. De fato, estamos muito próximos do fim. Já se foram quase todos os dias desse ano um tanto abarrotado de informações, acontecimentos e mudanças. Enquanto sociedade, vimos de tudo, tememos muito, perdemos esperanças, sentimos muito. Foram tantas notícias estranhas que a exaustão coletiva foi tomando seu espaço de forma surpreendente. A torcida para que termine logo é tão grande que merece o questionamento sincero sobre o que vai mudar na noite de ano novo se nós não formos os protagonistas das ondas de melhora.

Falta pouco, mas ainda há tempo. Tempo precioso que não volta mais. Nos restam aproximadamente 18 dias para o “Feliz ano novo”, para o sem fim de promessas, as renovações de sonhos, as prospecções dos projetos novos, a crença na virada milagrosa da meia noite, para tirarmos as superstições das gavetas e as praticarmos sem mesmo nela acreditarmos verdadeiramente.

Sob esse ponto de vista, estamos realmente muito próximos do fim deste intenso 2019. Contudo, devo dizer: ainda falta muito. Pergunte, caro leitor, se o tempo que nos resta deste ano é deveras curto demais para alguém que esteja enfermo em um quarto de hospital, para aquele que aguarda pelo resultado de uma prova importante, de um exame conclusivo, para o ansioso por uma viagem marcada há tempos, para quem busca um perdão para fazer as pazes com o ente amado, para quem está desempregado à procura de um ofício digno, para quem tem mais contas a pagar do que dias no mês. Creio que a resposta será não. Pois até esse tempo é relativo.

Então, vos aconselho humildemente: antecipe-se às situações difíceis, crie oportunidades de valorizar todos esses segundos vindouros de dezembro. Como sempre, é tempo de amar, de espalhar fraternidade, de expandir a espiritualidade, de fomentar a caridade, de olhar para o lado, estender uma mão, sufocar de amor toda a maldade.

Proponho um dezembro diferente, com menos efeito manada e mais união e verdade, em que nós possamos nos inspirar nos preceitos cristãos tão enfatizados por ocasião das celebrações de Natal para sermos o amor pelo próximo e pela humanidade. Estamos bastante carentes desse amor ilimitado que transcende as quatro paredes das casas, as contas bancárias, as sacolas cheias de presentes e as confraternizações com mais bebidas nos copos que amor nos corações. Precisamos é de afeto, olho no olho, coração com coração. Perto ou longe, aonde for. Que seja amor.

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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