Círculo Virtuoso

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Para quem acredita que a sinceridade de um elogio pode ser transformadora, eis uma realidade empírica: quando a intenção que encobre um ato ou palavra é sinceramente positiva, ela é ainda mais renovadora. O elogio pode ser significativamente mais profundo do que a simplicidade da forma, quando impregnado desse sentimento.

Quando somos genuínos nos elogios que tecemos a alguém, aquele sentimento pode ter o poder de tocar a fundo o seu receptor e ser o estímulo do qual ele estava precisando naquele momento. Aquela gota d’água que parece encher o copo quando estávamos olhando para a parte vazia (aquela velha parábola de focar na metade cheia do copo, sabe?). Aquele bem querer manifestado por meio do sorriso certo na hora certa. Aquela vontade de gerar alegria. Aquele afago no ego meio cabisbaixo. Aquele olhar de aprovação em meio a tantos olhares de julgamentos. Aquele carinho na alma que habita um corpo por vezes tão cansado fisicamente. Aquele estímulo que inspira um texto. Aquilo que pode mudar a frequência do dia de alguém, quiçá de sua vida. É disso que estou falando.

Coisas grandiosas nascem a partir de um pequeno protótipo. Se presumirmos o tanto de esforço que alguém precisa desempenhar para fazer algo bem feito, quais são as barreiras interiores que precisam enfrentar, os obstáculos do dia a dia, a falta de uma série de coisas, as dificuldades pessoais, fica mais compreensível a percepção do alcance e do valor do elogio sincero na vida de uma pessoa. Arriscaria a dizer que pode ser um divisor de águas, a motivação na hora certa, o estímulo em meio ao desânimo, o estopim para uma nova ação bem feita.

É o círculo virtuoso, o ciclo do bem. É aquela história, luz que gera luz, gratidão que gera gratidão, energia boa que gera energia boa e por aí vai. Aquele jogo que só de jogar, se ganha!

Pensamento da semana:

"Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente.
Há amor para todo mundo. Há amor para quem quer se conectar com ele. 
Não perdemos quando damos: ganhamos junto".
(Ana Jácomo)

TAGS:

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.