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121 anos de Flamengo
O mais belo hino do Mundo afirma: Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. E quem sou eu pra discordar? Vestiu rubro-negro, não tem pra ninguém. Ainda mais nesta semana, onde o maior clube do Brasil comemora os seus 121 anos. Como não se orgulhar, não é mesmo?
O Clube de Regatas do Flamengo, desde sua origem, quando fundado por um grupo de jovens remadores, aprendeu que nada viria de forma fácil. Seja na vaquinha que precisaram fazer para comprar o primeiro barco, ou na primeira aventura ao mar, onde este mesmo barco afundou. Estas dificuldades moldaram o DNA do time da raça e da união, o time que não se abala e que luta até o final.
Nosso clube já vestiu azul e dourado antes de ser rubro-negro; teve seu uniforme em formato cobra coral, papagaio vintém, até perpetuar o Manto que conhecemos. Porém, independentemente da cor de bandeira ou formato de camisa, o espírito vencedor sempre esteve presente.
Seja na terra, seja no mar, ou em qualquer outro lugar, o Flamengo sempre encheu de orgulho aqueles que por ele torcia. No remo, na natação, na ginástica, no judô, no basquete e, acreditem, até no boxe. Mas, é claro, um capítulo todo especial é destinado ao futebol. Este esporte sensacional que mexe com as nossas emoções.
Como falar de Flamengo sem citar Adílio, Andrade, Júnior, Evaristo de Macedo, Rondinelli, Dida, Romário, Pet, Adriano, e os outros tantos ídolos que ostentaram, com muita desenvoltura, o Manto Sagrado? Com tantos títulos, com tantas conquistas, com tantas batalhas, acumulamos vários jogadores no seleto grupo dos grandes ídolos. A história é tão vasta que nos permitimos criar a categoria dos ídolos folclóricos, onde jogadores como Fio, Obina, Hernane e outros estão.
Talvez você até esteja pensando: "Está esquecendo do maior de todos!". Não, não estou. Um jogador do tamanho do Galinho de Quintino merece um capítulo todo especial. Nada é maior que o Flamengo, mas a história do Zico, por vezes, se confunde com a do Mais Querido. Pelo Fla, o Galinho venceu tudo que disputou. Alguns dizem que no currículo dele faltou um mundial pela seleção, mas estes estão equivocados. Em 1981 ele foi campeão do mundo com a seleção que realmente importa. E por falar em título, isso é o que não falta na nossa sala de troféus. No futebol, são 33 do campeonato carioca, 3 da Copa do Brasil, 6 do campeonato Brasileiro, Mercosul, Libertadores e Mundial. Isso para citar apenas os mais importantes. E, é claro, nenhuma taça de série b.
Juro, tento ser humilde, mas o Flamengo não deixa. Inclusive, um pouco dessa culpa eu jogo para vocês. Como deixar de lado todo o orgulho que sinto por fazer parte desta torcida? Vocês não colaboram com a minha humildade. Esta Torcida apoia, canta, encanta, e como canta! Não só no Maracanã, não só nos estádios de futebol, mas também nas quadras, aeroportos e onde mais ela estiver presente. De tão grande, não nos contentamos apenas com a alcunha de torcida, preferimos nos chamar de Nação. E de fato somos. Uma Nação tão especial que nos surpreendemos com o nosso próprio show, por isso, ao final de cada espetáculo, cantamos: "Que torcida é essa!?".
Mas não posso perder o foco. Quando o assunto é o Flamengo e sua história, é fácil se perder. São tantas coisas para falar, tantos esportes, tantos títulos, tantos ídolos que acabo escrevendo mais do que deveria. Porém, também não posso ser superficial. Por isso, peço perdão se me estendi demais.
Neste 15 de Novembro, o Flamengo está completando 121 anos, e esta história tem tudo para ganhar novos lindos capítulos nos próximos anos. O passado nos orgulha, o presente é animador, mas é o futuro que nos enche de esperança. Nunca antes o Rubro Negro esteve tão estruturado. O módulo profissional do CT será inaugurado no próximo mês, as nossas finanças estão bem administradas e o tão sonhado estádio nunca esteve tão próximo. Não consigo pensar em um futuro do Flamengo sem viajar nas gigantes possibilidades – que, claro, são proporcionais ao tamanho do clube.
Parabéns, Flamengo!
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