Vencer o medo, transformar o país!

Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.

Hoje é dia

• Dia de São Cristóvão

• Dia do motorista

• Dia do escritor

• Dia do colono

O dia

Em 25 de julho de 1978 nasceu na Inglaterra, Louise Joy Brown, que tornou-se um divisor de possibilidades para o mundo. O primeiro “bebê de proveta”, fruto de dez anos de pesquisa dos doutores Steptoe e Edwards, foi o primeiro embrião fertilizado fora do útero materno. Desde o nascimento de Louise a técnica da fertilização in vitro se aperfeiçoou e é cada vez mais procurada como opção para quem deseja ter filhos.

Observando

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Palavreando

‘Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir’. (Winston Churchill)

Vencer o medo, transformar o país!

‘Coragem para mudar o Brasil’! Em 2014 esse foi o slogan da campanha de Eduardo Campos. O então candidato à presidência da República não teve tempo de testar a proposta, um trágico acidente de avião encerrou planos e vida do ex-governador de Pernambuco e de parte de sua equipe. Não sabemos ao certo se para ele haviam chances reais na disputa, uma eleição, salvo exceções, é sempre definida pelo caminho.

Alguns fatores, no entanto, são constantemente pesquisados, debatidos e desdobrados para que através de uma base sejam definidas algumas possibilidades e limitações na condução de uma campanha. Nesse ponto compreender emoções que desencadeiam reações é fundamental para formatar uma ação de voto.

Recentemente uma pesquisa publicada por Diana Mutz, da Universidade da Pensilvânia, no periódico da Academia Nacional de Ciências, trouxe uma nova perspectiva para compreender algumas alterações no cenário mundial das eleições nas democracias ocidentais. Para resumirmos a questão, que é ampla, Mutz rastreou o medo como fator decisivo de voto. Um medo que nada tem a ver com expectativa de melhora econômica, por exemplo. Na verdade, o medo da perda é a grande mudança no cenário geral.

Quanto mais novidades surgem nos debates mundiais acerca de transformações sociais, mais conservadoras algumas pessoas tendem a ficar. E essa tendência protecionista reflete em vários escopos da sociedade, dando espaço à discursos com os quais a humanidade havia rompido no fim da segunda guerra mundial. A partir daquele momento, algumas definições do que não deveria ser dito ou defendido por quem aspirava assumir um cargo público se tornou uma regra não escrita para barrar o surgimento de um novo Hitler.

Hoje, retrocedemos dia após dia, racismo, xenofobia, misoginia e LGBTfobia são quase bandeira de algumas campanhas. Não sei exatamente do que podem ter medo as pessoas que legitimam esse tipo de discurso, mas se elas existem e são cada vez mais decisivas no processo eleitoral, vamos precisar cada vez mais de coragem para mudar o Brasil.

É mentira!

A nova ‘fake news’ que circula pelo WhatsApp tem deixado muita gente com medo de dizer ‘alô’. A mensagem diz que retornar ligações para números desconhecidos pode ser a porta de entrada para o roubo de dados bancários salvos no aparelho. O texto reproduz a seguinte falsa informação: “Se você ligar de volta, eles podem copiar sua lista de contatos em três segundos e se você tiver um banco ou detalhes de cartão de crédito em seu telefone, eles podem copiar isso também". O alerta não tem qualquer fundamento e já foi desmentido por especialistas. Os dados salvos nos aplicativos são desvinculados do sistema operacional, a divisão impossibilita esse cruzamento de dados, por exemplo, ligações são feitas por um aplicativo, contatos da agenda são salvos em outro e os dados bancários, usualmente são salvos no próprio app da instituição.

Dica

Apesar de estarmos seguros, ninguém precisa retornar essas ligações que vivem caindo quando atendemos. Não somos obrigados. Afinal, dificilmente será outra coisa além de telemarketing. Dica: salve sempre os números dos seus contatos de interesse na agenda, assim você sempre saberá quem está do outro lado da linha. Mas se por acaso sentir a necessidade de atender um número desconhecido, avalie sempre o DDD, por exemplo, se o código for ‘68’, questione se existem razões do seu interesse ou possíveis para alguém do Acre estar te ligando. Torne essa reflexão um hábito!

Consumidor mais confiante

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 82,1 pontos em junho para 84,2 pontos em julho, isso significa que a confiança do consumidor subiu 2,1% na comparação direta entre esses dois meses, na série com ajuste sazonal. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar do aumento, é preciso destacar que o indicador vinha de três meses consecutivos de retração. Em junho, o recuo tinha sido de 4,8 pontos ante maio.

Cautela nunca é demais

Cautela é a palavra utilizada pelos especialistas para avaliar o cenário, isso porque a recuperação parcial de julho reforça também que o ritmo lento da economia e do mercado de trabalho continua pesando bastante nas avaliações do consumidor. O quesito que mais contribuiu para a alta do ICC no mês foi de intenção de compras de bens duráveis que avançou 4,5 pontos na passagem de junho para julho, mas segundo a nota oficial da FGV “a melhora ainda é tímida na comparação com a perda acumulada de 12,4 pontos nos três meses anteriores”.

Quem tem mais confia menos

Houve ligeira recuperação da confiança em todas as classes de renda pesquisadas, exceto para os consumidores com renda familiar mais elevada, que recebem mais de R$ 9.600,00 mensais. Nesse grupo, o índice teve queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando uma perda de 11,3 pontos no período. A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.854 domicílios em sete capitais, com entrevistas feitas entre os dias 2 e 19 de julho.