A urgência do respeito

Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.

Hoje é dia

• do folclore
• do supervisor escolar

O dia

Em 22 de agosto de 1976 morreu o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Nascido em Diamantina-MG, "JK" formou-se em medicina e em 1956 tornou-se presidente baseando seu governo no Plano de Metas, que incluía a construção da nova capital do país, Brasília.

Palavreando

“Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém!”
(Ariano Suassuna)

Observando...

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A urgência do respeito

Respeito é bom e todo mundo gosta, e até que provem o contrário, todo mundo merece. Inclusive os políticos. Calma, não me odeiem, não é por eles, é por nós.

Manter a dignidade do debate é o único caminho para votar nas propostas que, de fato, nos represente. Nas ruas, nas redes, no almoço da família, é preciso manter a calma e, muitas vezes, respirar fundo para ouvir e então falar.

Falar sobre razões e não sobre repulsa. Dizer porque considera um candidato melhor ou pior baseado no trabalho do mesmo. A política tem de ser construída por meio de um debate de ideias, não no fundo do poço dos xingamentos, ofensas, gritos e acusações. Isso tira do nosso campo de visão as possibilidades reais de transformação.           

Mas não é tarde demais para nós, ainda podemos tentar controlar esse impulso de guerra que nos divide em lados opostos de um mesmo país desigual. Outra coisa que também nos cabe é ignorar comentários e iniciativas que não agregam ao debate.

É claro, alguns políticos não merecem mesmo o nosso respeito. Nem no meu dia de maior paz interior eu vou ter piedade do Eduardo Cunha. Mas não é exatamente sobre esses extremos que quero falar.

Eu quero falar sobre a nossa possibilidade de construir um caminho para seguir, e nada interrompe mais esse processo do que discursos rasos que se resumem  em palavras de baixo calão ou frases soltas usadas como acusações sobre questões que sequer compreendemos. E não compreendemos porque resumimos suas possibilidades à exclusão.

No geral, precisamos parar de brigar. O respeito é urgente, precisamos socorrer a possibilidade de diálogo, porque estamos juntos nessa.

Voto em trânsito

Os eleitores que estarão fora do seu domicílio eleitoral no período das eleições deste ano, têm só até amanhã, 23, para solicitar à Justiça Eleitoral autorização para votar em outas cidades. A autorização é válida tanto para o primeiro quanto para o segundo turno.

Restrições

Previsto em leis como o Código Eleitoral, o voto em trânsito segue algumas restrições, por exemplo, a habilitação pode ser usada apenas em capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores. O alcance territorial também é um empecilho limitador. Se a pessoa estiver fora do estado onde tem domicílio eleitoral, o voto em trânsito vale apenas para a escolha do candidato a presidente da República. No caso do deslocamento ser dentro da unidade da Federação em que vota, ele poderá usar a autorização para escolher também governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Solicitação

Para solicitar o voto em trânsito, os eleitores precisam apenas apresentar um documento oficial com foto em qualquer cartório eleitoral pedindo a habilitação. É necessário ainda indicar onde estará durante o pleito. Para fazer a solicitação, no entanto, é preciso estar com situação regularizada no Cadastro Eleitoral. Eleitores com deficiência ou dificuldade de locomoção que perderam o prazo específico para estes casos (9 de maio), também podem pedir a transferência do local de votação até esta quinta-feira.

Reeleição

Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) demonstra que 75% dos deputados federais que tentarão a reeleição devem sair vitoriosos do pleito. Dos 513 deputados no Congresso, 407 (79%) vão tentar a reeleição. Dos 106 que não vão se recandidatar para a Câmara, 31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e 75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao Senado; 11 são candidatos a vice-governador; nove disputam o governo de estados; sete tentam vaga de deputado estadual; seis são suplentes de candidatos ao Senado; e dois são candidatos à presidência da República. O levantamento foi feito após o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).