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Tempos de vices
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Em 30 de março de 2002, a rainha-mãe Elizabeth morreu dormindo aos 101 anos. Mãe da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, ela conquistou a simpatia dos súditos ao ficar ao lado do rei George VI durante a Segunda Guerra Mundial.
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Palavreando
Sou esperança mais do que medo até porque quando o que se perde não é tanto, não há qualquer receio em arriscar.
Tempos de vices
Aos 81 anos de idade, Francisco Dornelles, ex-ministro, ex-senador e ex-deputado federal assume a posição de governador do estado do Rio. Na condição de vice, será titular por no mínimo 30 dias. Num primeiro momento, sem a titularidade plena, ou seja, sem de fato ser o governador.
Dornelles que merece todo o respeito assume a missão como todo vice. Aquele que ninguém presta atenção na hora de votar. O Brasil tem a mania de eleger os vices sem saber quem está elegendo.
Poderemos ter, pelo menos em curto prazo, um presidente das maiorias: Michel Temer. O presidente de todos, pois ninguém votou nele. Eis o que queriam. Alguém que não dividisse o país.
Parte das ruas tem a sua hegemonia numa ponte para o futuro que remete a um amanhã de caça a direitos conquistados e privatizações mais contundentes que do liberalismo avassalador de FHC. Essa é a ponte que constrói muros para o futuro. Será?
O tempo responderá e sem querer ser profeta da desgraça a resposta não virá em palavras, mas no cotidiano de cada um.
Parágrafo dedicado à ironia à parte, Dornelles um especialista em tributação, terá a possibilidade de no alto dos seus 81 anos dar sangue novo a um governo moribundo. E a ironia estava no parágrafo dedicado ao vice-presidente da maioria em que ninguém votou nele ou que em sã consciência votaria.
Retomando. As dificuldades do estado são imensas, num cenário de total paralisia em que sem rupturas, pouco o vice-governador poderá fazer. Não romperá, pelo menos nesses 30 dias iniciais. É natural. É prudente. É respeitoso com o titular.
Ao mesmo tempo, a solidariedade ao governador Pezão é mais humana do que política, até porque é justo que a humanidade venha antes da política. Na reflexão da doença, a esperança de sua recuperação e também da revisão das prioridades.
Ora, o estado precisa de uma ponte para o futuro. Esta ponte não está nos muros que estão se erguendo contra os servidores que por fim afetam sobremaneira a qualidade do serviço público. Também não estão no corte na pesquisa e no fomento à inovação tecnológica. Esta ponte não pode ser sequer semelhante à proposta por Temer.
O Rio de Janeiro precisa, nesse momento de crise nacional, cumprir com seu papel progressista e de vanguarda. Se Dornelles será o precursor disso? Não sei. Se será Pezão após seu longo tratamento contra o câncer? Também não sei. Mas posso dizer que é mais excitante que isso venha das ruas, dos movimentos, sem salvadores da pátria ou sem heróis de ocasião.
Esse protagonismo não está na idade, no cargo ou na perplexidade que faz reagir. Está no agir de cada um que sabe que é preciso corrigir a rota e mudar o rumo do país. Porque para onde aponta o nariz do estado do Rio, segue toda a nação.
Sorte a Dornelles! Saúde a Pezão! Paciência a todos nós, sem perder o desejo de freio momentâneo para rápida aceleração.
Taxa suspensa (1)
O órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio suspendeu, liminarmente, a Taxa Única de Serviços Tributários da Receita Estadual. A decisão vale para todas as empresas do estado. A taxa está suspensa até que o órgão decida se ela é constitucional. A Justiça entende que a taxa não representava uma contraprestação de serviço, já que ela era cobrada independentemente de a Receita ter realizado qualquer tarefa.
Taxa suspensa (2)
O imposto entraria em vigor nesta semana. A cobrança seria feita trimestralmente, com base no total de saídas ou no número de documentos fiscais emitidos pela empresa nos 12 meses anteriores. Haveria seis faixas de pagamento. Os críticos apontam que a lei pune os pequenos comerciantes, que vendem muitos itens a um preço baixo.
Matemática tricolor (1)
Com duas derrotas e uma vitória na Taça Rio, o Friburguense entra em campo hoje, 30, às 19h30, precisando de uma vitória diante do Resende. Com apenas três pontos e quatro jogos pela frente, o Tricolor da Serra precisa de seis pontos para escapar do rebaixamento. Além do Resende, o time também receberá o Macaé, no Eduardo Guinle. Ambas as equipes brigam por uma das duas vagas da semifinal. Se vencer, o Frizão rouba a posição do Resende, graças ao saldo de gols.
Matemática tricolor (2)
Em caso de vitórias em casa, elas não só evitam o rebaixamento, como melhoram as contas na briga por uma das duas vagas das semifinais, uma vez que são jogos de seis pontos, ou seja, ganha três e impede um adversário direto de somar seus três. No entanto, isso não será suficiente para uma classificação. Neste caso, o Friburguense precisaria de pelo menos uma vitória fora de casa, diante de Bonsucesso ou Portuguesa.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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