As redes e a gente

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.

Hoje é dia

Dia nacional de combate ao fumo

O dia

No dia 29 de agosto de 1903 era licenciado no Brasil, em nome de Francisco Leite Bittencourt Sampaio, o primeiro automóvel do país.

Palavreando

“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”
(Fernando Pessoa)

Observando

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As redes e a gente

Fundamental para ampliação do debate, as dinâmicas das redes sociais ainda são desafiadoras. No espaço onde cada um é simultaneamente “atração e espectador” não é simples para o ‘ego’ humano aceitar uma opinião divergente. A partir do momento em que uma posição é exposta nesses espaços, ‘mudar de ideia’ passa a ser um problema.

É desta forma que discursos de ódio e posicionamentos extremistas e excludentes ganham cada vez mais adeptos. É como se ao curtir algo, que não necessariamente simboliza toda sua existência, você fosse imediatamente absorvido por tudo que se conecta direta ou indiretamente àquilo.

Nas redes não há espaço para transitar entre mundos, e a própria estrutura de páginas como o Facebook auxiliam nessa delimitação das nossas possibilidades. Ao nos condicionar em ‘bolhas’ de iguais, dando prioridade para que vejamos cada vez mais publicações que concordam conosco e cada vez menos publicações que divergem, o Facebook limita nosso contraponto e nos faz cada vez mais reafirmar posicionamentos.

Imediatamente, algo que antes você ia curtindo só para entender ou para agradar um amigo, começa a se tornar você nas redes. E as pessoas começam a te identificar porque aquele recorte, no fim, você aceita a caixinha construída para você por uma série de algoritmos e passa a ser nas ruas, o que as redes fizeram de você. Bom lembrar, as redes não costumam possibilitar a construção do melhor que podemos ser.

Campanha eleitoral nas redes

A eleição de 2018 é a primeira na qual propaganda eleitoral pode ser financiada nas redes sociais. No entanto, existem regras, e para que o eleitor possa identificar possíveis irregularidades, basta ficar atento aos detalhes. Um deles: candidatas e candidatos podem impulsionar suas publicações, ou seja, patrocinar suas postagens para que as mesmas alcancem o público desejado independente dessas pessoas serem ou não seguidores da página, mas as publicações impulsionadas devem ser pagas pela campanha da candidatura, por isso, devem vir identificadas por meio de CNPJ e nome da candidatura registrada para constar na prestação de contas.

Eleitores não podem pagar nem receber por campanha nas redes

O patrocínio não pode ser feito por eleitores, apenas páginas oficiais de candidaturas em campanha podem pagar pelo impulsionamento de publicações nas redes sociais. O eleitor que descumprir a determinação estará cometendo crime eleitoral e pode ser punido com multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00 ou valor equivalente ao dobro da quantia direcionada para o patrocínio da publicação. A norma consta na lei nº 13.488, de 2017, que inclui e alterou alguns pontos da lei eleitoral vigente. Também é proibido ao eleitor receber para fazer campanha nas redes sociais.

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#OmelhorFrioDoRio - De braços abertos para receber todas as boas energias da nossa natureza privilegiada. Registro de Max Peters compartilhado na página oficial da campanha ‘o melhor frio do rio’ no Instagram.
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Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.