Quem ama vacina

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.

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Palavreando

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”.

(Ariano Suassuna)

Quem ama vacina

Podia ser o “slogan” de uma campanha de conscientização sobre a importância da vacinação, na verdade, deveria ser. Essa frase ou outra, estamos precisando de alguma que acenda o alerta. É assustador abrir os jornais em 2018 e perceber que doenças vencidas há tempos estão de volta porque crianças não estão mais sendo vacinadas.

É ainda mais assustador quando rastreamos as causas dessa inércia diante da manutenção de batalhas já vencidas no passado. Logo de cara lá está ela: a fake news! Notícias falsas sobre riscos gerados por vacinas se espalham fazendo crescer no mundo o movimento ‘antivacina’. Respaldado por pais, mães e responsáveis que simplesmente decidem sem qualquer fundamento científico que a vacina é mais perigosa que, por exemplo, a poliomielite, o movimento está abrindo caminho para o retorno de doenças devastadoras.

No início do século 20 uma em cada cinco crianças morria de alguma doença infecciosa antes de completar 5 anos de idade. Vencemos essa etapa, avançamos. Já não podemos mais proteger aquelas crianças, mas podemos salvar as nossas combatendo ‘fake news’ com a única verdade: a vacina é indispensável.

Aos pais que decidem não vacinar seus filhos, caindo nesse conto do vigário espalhado pelo mundo, saibam que essa decisão não cabe somente à vocês. Não é uma questão pessoal, é uma questão social de saúde pública. Se você não vacina seu filho de quatro anos, ele pode contrair uma doença e passar para um bebê que ainda não tomou todas as doses necessárias, ou seja, a sua decisão coloca em risco outras vidas. Não é sobre o que uma família decide em relação aos riscos que pretende correr com seus filhos, é sobre os riscos que toda população está sujeita quando algumas famílias decidem que a corrente no WhatsApp é mais confiável que todos os resultados já garantidos pelos benefícios da vacinação.

Para piorar o cenário geral desse contexto de absurdos, as campanhas de conscientização já quase não existem mais. Até 2012, o Brasil realizava duas campanhas anuais de vacinação contra a pólio, hoje a realidade é outra. Com a sensação de que as doenças já foram erradicadas porque não são mais assunto, uma parcela da população vai abandonando a carterinha na gaveta. Enfim, os problemas são muitos, a verdade é uma só: quem ama vacina!

Uso de genéricos dispara

Entre 2015 e 2018 a prescrição de medicamentos genéricos aumentou 65%. De fevereiro do ano passado até fevereiro deste ano, a opção mais barata foi prescrita em 34% das 115 milhões de receitas médicas emitidas no país. Os dados foram apresentados na sede da Anvisa durante a divulgação do balanço de 18 anos do primeiro registro de medicamento genérico do Brasil. A classe farmacológica, além de impulsionar a economia, amplia o acesso da população à saúde. Em média, os medicamentos genéricos são 35% mais baixos do que os remédios de referência. 

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Temperaturas baixas, fogueira e quentão! No melhor frio do Rio festa típica fica ainda melhor. Registro de Leonardo Zebende para o instagram da campanha.
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Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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