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Propaganda que beira o ridículo
Hoje é dia
- de Omulú
- do Tratado de Madri
O dia
Em 13 de janeiro de 1970, a Câmara dos Deputados começou a fazer censura prévia em livros, revistas e jornais, dando início ao controle interno nas redações. Mais uma dura página escrita pela ditadura militar no Brasil.
Observando...
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Palavreando
Um encontro muda tudo. Da boca com o beijo, aquele beijo. Dos olhos com o olhar, aquele olhar. Um encontro muda tudo, o rumo do vento, os passos do destino, o sentido do mar, o sentido de amar...
Propaganda que beira o ridículo
Acuado pelas severas críticas, mas obstinado na defesa da reforma do ensino médio, o governo federal está gastando o dinheiro dos impostos de cada brasileiro, para exibir com exaustão nos grandes veículos de comunicação nacionais, que essa reforma é positiva. A propaganda se baseia na liberdade de escolha que cada estudante pode ter para o seu futuro de acordo com as suas habilidades. Mas se “esquece” de dividir inúmeras informações sobre o que de fato se trata a tal reforma.
O que a propaganda não fala? Não fala, por exemplo, sobre o fim do ensino noturno. Tampouco menciona o fim do ensino de artes e educação física. Como se artes, cultura e esportes não fossem importantes para o desenvolvimento humano, indo na contramão das nações mais desenvolvidas. A propaganda também não cita o total desrespeito com as diferenças regionais que na reforma deixam de ser levadas em consideração - tornam todo o país igual.
A flexibilização na admissão de profissionais de educação, espertamente, também não é falada na propaganda que se não mente, confunde. Mas oculta questões realmente cruciais.
A propaganda também, por motivos óbvios, não fala sobre a total ausência de participação popular, de educadores, estudantes e especialistas na sua confecção. Alguma mente brilhante do palácio, orientada por se sabe quem, jogou anos de conquistas fora. Não se pode fazer uma reforma dessa magnitude a toque de caixa.
Portanto, a reforma não é essa maravilha que se pinta, sem contar toda a insegurança jurídica e os prejuízos pedagógicos e pessoais que traz. A propaganda de reforma no ensino médio trata, portanto, estudantes e educadores como burros, mas não só por isso beira o ridículo. Se não mente, oculta a sua essência de empobrecer a nossa já combalida educação. Não convence e deve ser olhada com olhar mais crítico do que nunca. Propagandas assim servem de alerta para pensar duas vezes antes não só na reforma, mas em tudo que ultimamente é gerado em Brasília.
IPVA (1)
O estado prevê uma arrecadação de R$ 3,081 bilhões com o IPVA, este ano. Até novembro do ano passado, o valor arrecadado foi de R$ 2,7 bilhões. No ranking de valores de impostos arrecadados pelo estado, o IPVA ocupa o quinto lugar. Em primeiro está o ICMS; em segundo, os royalties e participação especial; em terceiro, o Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); e em quarto, o Imposto de Renda.
Carros novos e vistoria
Os vencimentos do IPVA já começam na próxima semana e o desconto para quem optar pela cota única é de 3%. O abatimento é o mesmo de 2016. Em 2015, no entanto, a redução foi de 8%. É bom lembrar que os carros novos com até três anos de uso não precisam realizar a vistoria, mas seus proprietários devem pagar o IPVA e agendar no site do Detran a busca do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) de 2017.
Estado falido (1)
O acordo de socorro ao estado do Rio com o governo federal deve somar R$ 20 bilhões somente este ano. Metade desse montante é relativa a medidas de redução de gastos. Estão previstos ainda aumento de receitas e reestruturação das dívidas do estado. Num período mais longo, até 2020, o valor total do acordo deverá ter um impacto de R$ 50 bilhões.
Estado falido (2)
O plano inclui a renegociação das dívidas do Rio, tanto com a União quanto com bancos públicos e organismos multilaterais. Durante sua vigência, os pagamentos ao governo federal ficarão suspensos. Isso pode durar de três a cinco anos. As contrapartidas, no entanto, devem sofrer grande resistência como a privatização da Cedae e o aumento de 11% para 14% na contribuição previdenciária dos funcionários.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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