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Observatório - 7 de julho de 2011
As coisas boas da nossa terra
Na edição anterior estava eu aqui falando sobre as tantas coisas que não aguento mais em Nova Friburgo. Recebi dezenas de mensagens de leitores que acrescentaram tantas outras que também não aguentam mais, entre as quais o nosso fraco e caro serviço de internet a cabo, mas mais repetidamente as promessas não cumpridas, o jogar para a plateia e essencialmente, em suma, a hipocrisia.
Mas hoje não quero falar das coisas que não aguento mais e tampouco estender o assunto do que você também não aguenta mais. Eu quero lhe convidar a fazer comigo o contraponto disso tudo, com as coisas boas da nossa terra. A começar pelo nosso povo que tem fibra, garra, história. Por mais que alguns insistam em nos chamar de descendentes de europeus, nas nossas veias corre mais é a brasilidade. Brasilidade própria de quem não desiste, resiste e com a força do trabalho vence. Trabalho: essa é a marca do friburguense que fez a sua própria energia elétrica, que cultiva flores, morango e couve-flor. Friburguense que venceu a crise da indústria montando confecções de fundo de quintal. Friburguenses artistas que vendem música e literatura pelo mundo inteiro. Friburguenses que ensinam. Coisa boa da nossa terra é a nossa gente que nem sempre está nos jornais ou na TV. Que não está aí, em sua maioria, falando na Câmara de Vereadores ou ocupando cargos na Prefeitura ou discursando a favor disso ou contra aquilo. (Até porque, cá entre nós, não aguentamos mais discurso, principalmente aqueles proferidos por certas gargantas). Deixando o parêntesis de lado, coisa boa da nossa terra é essa gente desinteressada no pra si e trabalhando por todos com generosidade, idealismo e compromisso.
Coisa boa da nossa terra são as nossas padarias. Desafio uma cidade que tenha um conjunto tão bom de padarias como Nova Friburgo. Aliás, a melhor do Brasil está aqui! Não há nem nas grandes capitais uma padaria como a Superpão. E o mais interessante é que a Superpão motivou as outras padarias a ser tão boas quanto.
Coisa boa da nossa terra é olhar para a Stam e ver que é mais do que um empregador. Mais uma empresa cidadã que aposta em Nova Friburgo e nos friburguenses. Que sabe ser solidária e que abre com suas fechaduras e cadeados os corações de todos os brasileiros para Nova Friburgo. E, claro, coisa boa da nossa terra, são todas as empresas que pensam e agem como a Stam.
Coisa boa da nossa terra é o Friburguense que através do futebol profissional leva o nome da cidade para todo o mundo. O Friburguense é o principal divulgador de nossa cidade. Muitos conhecem Nova Friburgo pelo time de futebol! É só perguntar a alguém que veio de fora ou quando for fazer uma viagem. “Nova Friburgo... Ah! É aquela cidade daquele time, o Friburguense!” Coisa boa da nossa terra são os nossos atletas, das mais diversas modalidades, das artes marciais a ginástica artística que muitas das vezes sem nenhum apoio do poder público vão com a cara e a coragem vencer os desafios da vida nos tatames e arenas do mundo.
Coisa boa de nossa terra são nossas bandas centenárias, são nossas escolas de samba, são nossos bares e restaurantes. Coisa boa da nossa terra são nossos bombeiros, são nossos colégios, nossas faculdades e nossos educadores. Coisa boa da nossa terra são nossos parques, nossas cerejeiras, nossa água e nossas montanhas. Coisa boa da nossa terra é todos aqueles que mantêm o otimismo, mas que não deixam esse otimismo cegar e calar ainda que a ditadura dos guetos tente, porque é preciso resistir ainda que se seja combatido, é preciso esclarecer ainda que sombreiem a luz.
Coisa boa da nossa terra, enfim, é a nossa insistência em ser mais do que somos, mantendo firme o ideal de que Nova Friburgo é uma cidade que cresce para o céu e que não serão aqueles e tudo aquilo que não aguentamos mais que nos impedirão! Afinal, o bem sempre vence o mal e o que é bom sempre derrotará o que é ruim, mais cedo ou mais tarde! A que tempo? Depende de cada um de nós!
Festival de Inverno do Sesc
Para os eventos do Festival de Inverno do Sesc, que começa nesta sexta, 8, não terão cobrança de ingressos todas as oficinas, atividades de rua, espetáculos infantis, programação local, leituras, palestras, Cinesesc e os espetáculos de dança que compõem o Encontro de Dança. Segundo a organização, mais da metade dos eventos, portanto, são gratuitos. Para alguns eventos com entrada franca se faz necessário a retirada de senhas uma hora antes dos espetáculos ou inscrições prévias.
Bíblia na biblioteca
A partir de agora todas as bibliotecas do estado do Rio devem ter ao menos um exemplar da Bíblia Sagrada. A nova lei estadual já está valendo. A principal biblioteca de Nova Friburgo já tinha exemplares da Bíblia bem antes da nova lei.
Exame da OAB
A OAB divulgou a lista de “aprovação zero” no Exame da Ordem, ou seja, a lista com as faculdades em que nenhum aluno foi aprovado na prova. No Estado do RJ apenas três faculdades de direito estão nessa lista. Os cursos locais (Estácio e Candido) não estão na lista e até apresentam índice aceitável de aprovação.
Friburguense
O Friburguense já definiu como se dará a contrapartida à Prefeitura caso a Câmara de Vereadores aprove a subvenção de R$140 mil para o clube. Estampará a marca da Prefeitura em todos os uniformes das equipes das divisões de base. A Stam permanece, portanto, sendo a única marca da camisa do time profissional.
Exame de câncer de colo de útero (1)
O exame de câncer de colo de útero através do SUS foi ampliado para mulheres de até 64 anos. Antes, o exame preventivo de câncer de colo de útero beneficiava apenas as mulheres de 25 aos 59 anos. A ampliação da faixa etária faz parte das novas diretrizes nacionais para o rastreamento do câncer de colo de útero.
Exame de câncer de colo de útero (2)
A coleta do material para rastrear a doença deverá ser feita a partir dos 25 anos de idade. Os exames preventivos seguem até os 64 anos de idade, e só poderão ser interrompidos quando as mulheres dessa faixa etária apresentar dois exames negativos, consecutivos, nos últimos cinco anos.
DVD da tragédia
O DVD da tragédia de janeiro montado com cenas de emissoras de TV, com imagens amadoras e também algumas imagens que eram restritas a autoridades públicas, como a de corpos no Ginásio do Ienf, não está sendo vendido só em Nova Friburgo. Camelôs de Rio das Ostras e outras cidades também estão comercializando o indigesto material.

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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