Observatório - 31/10/2012

Como na vida normal, em uma campanha política também é assim: você tem dias bons e dias ruins. Na campanha, onde tudo está mais aflorado, o bom se torna extremamente bom e o ruim também.

O pior dia da campanha certamente foi uma sexta-feira que não era 13, mas que me marcou profundamente. O dia fluía bem. Antes de ir para os locais de reuniões, no carro meu amigo colocou uma música que confesso nunca ter ouvido antes. Do Pe. Fábio. “Viver Pra mim é Cristo!” Aquela música mexeu comigo, só não tinha ideia do quanto ela foi importante para aquele dia e mais ainda para o restante da campanha, pois foi nela que me apoiei para cada instante de agrura e também de alegria.  

No início da noite uma reunião em Mury, depois outra com moradores de Theodoro de Oliveira. As reuniões foram muito proveitosas, com pedidos coletivos para os problemas da localidade como, por exemplo, o perigo para os pedestres atravessarem a RJ-116. No fim da segunda reunião chega uma pessoa fã do meu trabalho na Rádio, TV e jornal. Educadamente, ela reclamava de não ter sido convidada para o encontro. Expliquei que fui ao encontro convidado por uma liderança local que havia marcado a reunião. Ela compreendeu, mas apesar do meu atraso para um comício—em campanha o tempo é sempre muito escasso—ela me convocou a ir até a casa dela que era ali próximo. Deixei claro que teria que ser uma visita ligeira!

E assim foi. Fomos até lá, fui muito bem recebido por toda a família. Após alguns minutos, agradeci e ela resolveu me acompanhar até a beira da estrada. Disse para que ela ficasse ali, pois eu atravessaria, pois o meu amigo me pegaria de carro já do outro lado. Ela não concordou. Insisti para que ficasse, pois a travessia era perigosa. Segurei ela pelo braço para que não atravessasse. Mas ela escapuliu das minhas mãos e atravessou. Um carro vinha e ela foi atropelada. 

Naqueles poucos segundos vi a vida se dissipar. Tanta coisa passou pela minha cabeça! Aquele barulho... Aquela agonia... Aquela esperança em ver a pessoa caída no chão fazer um movimento pequeno que fosse. É desesperador. Toda a situação te consome! Ela estava viva! Mas e as sequelas? No atendimento, a aquietação da agonia. Duas pernas quebradas e a bacia. Três cirurgias. O pior não aconteceu. Obviamente, não fui ao comício daquela noite, o único em que não fui. Tampouco pude fechar os olhos naquela noite.

Passado o sufoco, vários pensamentos cheios de se(s). Não era para ela ter mesmo ido à reunião. Não era para eu ter ido até a casa dela. Ela podia ter me ouvido! Por que não a segurei com mais força? Uma sucessão de fatos que mudariam o destino. Ao mesmo tempo o contraponto. E se ela viesse a sofrer algo mais grave se eu não a tivesse segurado? No fim, após confirmar que tudo ficou bem com ela; após tantos pequenos e grandes problemas naturais à uma campanha eleitoral, após angariar todo tipo de energia—só uma certeza: Viver para Mim é Cristo! Essa música diz tudo o que é ser político que quer fazer a diferença! Diz tudo o que é ser humano voltado para o bem! 

“Não estou só nesta batalha entre o bem e o mal/ a cada nova experiência, eu Te glorifico mais/ Te ter é a maior diferença em mim. Se os bons combates eu não combater/ Minha coroa não conquistarei/ Se minha carreira eu não completar/ De que vale a minha fé tanto guardar. Se perseguido aqui eu não for/ Sinceramente um cristão não sou/ A Tua glória quero conhecer/ Ver a experiência de sobreviver... Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho/ Não há outra questão, quando se é cristão/ Não se para de lutar!/ Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus/ Não há outra questão, quando se é cristão/ Não se para de lutar... até chegar ao céu/ Se calarem o som da minha voz/  Em silêncio estarei a orar/ Se numa prisão me colocar/  Eu vou Te adorar/ Se minha família me trair/ Eu vou sonhar com Deus/ Viver seus planos isso é parte/ De uma carreira de cristãos”.

Uma música salva ou não um dia difícil? Uma música define ou não uma história? Uma música define ou não uma vida? Que essa me defina sempre!

A Polícia Militar está com inscrições abertas, até o dia 25 de novembro, pelo site www.ibfc.org.br, para o Curso de Formação de Oficiais do ano de 2013. Serão 60 vagas para homens e mulheres. Para ingressar no quadro de oficiais da Polícia Militar, o candidato deve ter concluído o Ensino Médio, ter idade mínima de 18 anos e máxima de 30 anos, entre outros.

Depois de cumprir estágio mínimo de oito meses, o aspirante ingressa no quadro de oficiais da Polícia Militar como 2º tenente PM. As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira e o regime é de internato. A remuneração bruta (sem descontos) inicial para cadete é de R$ 1.576,37, e para o cargo de 2º tenente PM é de R$ 4.296,25. A taxa de inscrição para o concurso é de R$ 78. A prova será realizada no dia 9/12.

O Estado do Rio acaba de ganhar o Roteiro de Economia Verde—documento contendo plataforma de trabalho que aponta caminhos e propõe ações práticas, iniciativas e ferramentas para alavancar a economia sustentável. O objetivo é indicar como o governo pode promover um novo modelo de desenvolvimento no longo prazo.

Paralelo ao Roteiro tem o Painel de Controle que é um instrumento de acompanhamento das ações e compromissos assumidos pelo Rio de Janeiro para fazer do estado um exemplo de desenvolvimento sustentável. A ferramenta também poderá sugerir novos estudos e indicadores, facilitando as sinergias entre diferentes áreas do governo.   

     

Dentro de 10 dias o Frizão embarca para a sua primeira excursão internacional dos últimos 10 anos.  O time profissional fará uma série de cinco amistosos em diferentes cidades do Japão. Serão 11 dias no oriente. 

A delegação formada por 25 pessoas, sendo 18 jogadores, viaja no dia 8 próximo. A chegada ao Brasil está prevista para o dia 21 de novembro. A cidade de Yokohama será a base do elenco do Friburguense. A última equipe do Rio de Janeiro a jogar no Japão foi o Vasco, em 1997.  

A presença do atacante japonês Toshya Tojo no elenco foi fundamental para a conquista dessa excursão. A curiosidade maior é que Toshya é, atualmente, o único profissional japonês atuando no futebol brasileiro. Isso tem rendido na mídia do Japão e também na brasileira, e já é apontada como um dos possíveis destaques do Estadual 2013.   

Hoje, 31, 19h, na biblioteca do Sesc Friburgo, é realizado o projeto Declame para Drummond 2012. Na ocasião serão lidos poemas de Carlos Drummond de Andrade, que nesse mesmo dia estaria fazendo 110 anos de nascimento. Além disso, haverá palco aberto para os poetas presentes declamarem seus poemas para o autor homenageado.