OBSERVATÓRIO - 30/12/2014

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
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Hoje é dia de crônica

 

O que construiremos em 2015?

Virão aí mais 365 dias. O conjunto de semanas em 12 meses traz um novo ano com as mesmas coisas de sempre. O que muda são os nossos pensamentos e ações. Nossas atitudes mudam o mundo. Nosso mundo particular que invade e/ou se sintoniza com outros particulares mundos é o que define ser novo. O novo pode ser novo de novo ou mesmo velho será novo.

Haverá, no entanto, como sempre há, fatos que fogem de nossas decisões. O modo de encará-los determinará quem somos e como seguimos. Que nossas impressões nos impressionem!

Como em qualquer outro ano, construiremos muros e pontes. Iremos ao encontro de alguns, deixaremos para trás outros, tanto quanto alguns virão ao nosso encontro e tantos outros colocarão impeditivos que impossibilitarão abraços. Fatalmente, sentiremos saudades e paulatinamente fabricaremos saudades futuras. É importante fabricar saudades futuras e quer queira ou não, produziremos momentos com pessoas que um dia nos faltarão e deixarão saudades dessas boas e doídas. Constituiremos assim relações e através dessas relações, momentos, alguns mais inesquecíveis e marcantes do que outros, mas todos igualmente importantes. Haverá reencontros. Velhos conhecidos se tornarão conhecidos de novo. Retornarão, inesperadamente ou não, para fazer novos começos e novas histórias. É preciso estar aberto a tudo, a todas as possibilidades.   

Como em qualquer ano, é possível prever, sem riscos de errar, que venceremos e perderemos. Assim é a vida... Em qualquer tempo. E uma derrota leva à vitória e algumas vitórias levam a derrotas. É preciso mergulhar em ambas e tirar delas lições. Se eu pudesse deixar um conselho, seria: é fundamental celebrar cada momento. Vivenciá-los mais do que apreciá-los. Mergulhar. Por mais repetitivo que seja, é uma das máximas verdades: o sol vem logo após a tempestade que sempre é sucedida do sol.

2015 será o ano de quem assim quiser. Aberto o peito, entrará o que se quiser que entre. Sairá aquilo que se decidir sair. Somos capitães de nossos dias, sem esquecer que mesmo os mais experientes capitães passam por mares mais conturbados e têm de decidir rápido de que forma sobreviverão às turbulências. Ali, não defendem apenas a si mesmos, mas a todos que leva a bordo.

Como qualquer outro ano, como qualquer outro tempo, haverá momentos surpreendentes. Haverá instantes de decisões mais ligeiras em que o apelo para a intuição haverá de ser forte. Haverá outros que mesmo com todo planejamento o risco se fará presente, porque a vida permite alguma segurança, mas nunca total segurança. O acaso existe e é formidável que nos visite. Visitará muitas vezes em 2015. Receba de bom grado.

Um novo ano surge repleto de esperanças e consolidação de convicções. Mas todos os dias dos anos que se foram e dos que virão é o que sustentam isso. As experiências costuradas às expectativas, as vivências amarradas aos sonhos isso é o que nos define. A grande questão é se definir e arcar com essa definição. Quem é, afinal, o responsável por nossas próprias tragédias e glórias?

É óbvio tudo o que virá em 2015, ainda que não seja possível mensurar intensidade ou prever o tempo para cada coisa. Os problemas virão, mas não poderão ser resolvidos um a um, porque os problemas não se perfilam. Da mesma maneira, as alegrias também virão, mas surgirão misturadas a uma série de outras emoções. Essa obviedade só garante que é possível prever, mas como e quando... Insisto: o óbvio pede criatividade e entrega a essa criatividade. Cabe a cada um talento. É preciso talento para sorrir e chorar. Talento para filtrar e guardar. 

2015 é mais uma possibilidade. A mesma que se abre ao surgir de cada mês, cada semana e cada dia. Cada hora é uma nova oportunidade para um novo ciclo ou para a extensão daquilo que está bom. Mais do que contentamento, agradecimento e esperança.

O que construiremos em 2015? A vontade é quem dirá. O ânimo é quem ditará o ritmo. Não dancemos conforme a música, mas que a dança faça cantar a nossa música. Que os sonhos sejam motivos para acordar todos os dias e enfrentar o que tiver que ser enfrentado. Que os medos não nos impeçam ou nos apequenem. Podemos e temos o direito à felicidade. Não dentro de um molde. Não há caixa única para a felicidade. Deixa a liberdade de cada um definir o que é felicidade para si.

O que você construirá em 2015? Mais do que construiu em 2014? Menos do que construirá em 2016? A sua chance é agora! Aproveite!     



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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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