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Observatório — 29/12/2015
O dia
Em 29 de dezembro de 2001, morria aos 39 anos, vítima de enfarto, a cantora Cássia Eller. Cássia Eller é considerada até hoje uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos.
Observando...
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Palavreando
É só o infinito ao meu redor, é só a eternidade em meu relógio.
Crise da saúde expõe o mau negócio que são as OS
Dois mais dois é igual a quatro. Na matemática ninguém discute. Mas na matemática governamental do Rio nos últimos anos, dois mais dois é igual a sete.
A crise que estrangula a saúde do estado abriu uma fissura de proporções nunca antes vistas. A mesma fissura expõe a lógica adotada nos últimos anos e copiada por diversas prefeituras, inclusive a de Nova Friburgo.
A ponta de esperança nessa história é que pela primeira vez se demonstra o fracasso que é a contratação de OS (Organizações Sociais). É uma chance única de se revogar esse modelo e alterar a realidade. Fato: não será em curto prazo.
Infelizmente, quem paga o pato é quem está na ponta do atendimento. Quem já pagava a conta? Todos os contribuintes.
É tão óbvio que chega a ser obscena a opção pelas contratações das OS que estão em quase todas as unidades hospitalares do Estado do Rio de Janeiro. Os governos pagam a uma entidade supostamente sem fins lucrativos para gerir o que eles próprios deveriam gerir. Além do custo que já existiria normalmente se fosse o próprio executivo a fazê-lo, há que se pagar as taxas da administração desse terceiro. A conta fica mais cara, pois você paga a alguém pelo serviço para o qual foi eleito para fazer.
Mas o maior problema vem depois: todos nós sabemos que OS têm fins lucrativos altos, acima da média, para pagar a conta da corrupção travestida em financiamentos de campanhas políticas. Um médico que custaria R$ 8 mil passa a custar R$ 22 mil. E, o pior, o médico, às vezes sequer recebe seus R$ 8 mil. Cruza os braços, com razão - vide a UPA local.
A tal agilidade do terceirizado opta por insumos de quinta categoria (mais baratos e menos eficazes). Remédios fracos, porém muito amargos para a população, com uma conta astronômica para o estado e municípios pagarem.
Há que se reconhecer, no entanto, a urgente necessidade de desburocratização que não é só uma desculpa na boca dos bons e maus governantes. É uma desculpa também para a incompetência administrativa. Mas, enquanto se judicializar a saúde, estaremos enxugando gelo com cada vez mais gastos de recursos.
Gastar valores recordes com a saúde, como uns enchem a boca para dizer, é sinal de que algo está muito errado. É sinal de que a atenção básica está desassistida, de que a prevenção é inexistente e de que a população está ficando doente por ausência de qualidade de vida. Mas há quem trabalhe objetiva e inescrupulosamente para esse quadro. Por quê? A lógica das OS explica por si só!
Salários em dia
Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que 13% das prefeituras do país fecharão o ano devendo salários a funcionários. Ao longo do ano, os municípios viram seus caixas ficarem desequilibrados por causa da crise econômica. Nova Friburgo termina o ano em dia com o funcionalismo, com o 13º pago e salários em dia.
Salários atrasados
Já o estado vê a situação crítica para este fim de 2015 e sem boas projeções para 2016. Com a segunda parte do 13º pago de forma parcelada ou por um inusitado programa de empréstimo pessoal, o calendário de 2016 foi alterado. O servidor que recebia até o 2º dia útil do mês passará a receber - já a partir de janeiro, salário referente a dezembro - no 7º dia útil do mês.
Plano Verão 2016
O Plano Verão 2016 da Defesa Civil já está em curso. O plano traça as estratégias e ações práticas para a população lidar com as altas temperaturas da estação e as chuvas. Neste ano, um mapa diário ilustra as temperaturas de acordo com as localidades. Internamente, a corporação aprimorou protocolos assistenciais para o atendimento na rua.
Carteira de identidade nas DPs
O Detran está pouco a pouco transferindo o serviço de identificação civil às delegacias policiais. Três DPs na capital já contam com o procedimento que, em parceria com a Polícia Civil, será ampliado para as outras DPs. O documento será disponibilizado nas DPs, sem necessidade de agendamento, a pessoas que abriram Registro de Ocorrência (R.O.) com queixa sobre roubo ou furto de sua identidade.


Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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