Observatório - 27/02/2014

Há exatos quatro anos, um terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter atingiu a cidade de Concepción, no Chile. O tremor chegou a ser sentido nas áreas mais altas da cidade de São Paulo. Boa parte do Chile ficou destruída e centenas de pessoas morreram.

Por mais que não pareça, há grande diferença entre quem realiza e quem faz. Realizar e fazer são verbos que denotam semelhança entre si, mas os seus significados são diferentes. Realizar, segundo o dicionário, é pôr em prática, tornar real e efetivo. Fazer, segundo o mesmo dicionário, é criar, formar, gerar.

Pode não parecer claro, mas quem realiza o carnaval é quem financia e garante a sua estruturação; quem faz são todos aqueles que põem a mão na massa e criam suas cores, alegorias e fantasias.

A prefeitura tem que assumir sua real tarefa no carnaval, que movimenta elevadas quantias e faz girar a economia em diversos setores. O poder público municipal não pode continuar se acomodando como apoiador. O município é realizador! Essa posição de que é apoiador não condiz com cidade turística e que precisa de desenvolvimento econômico e cultural. O carnaval é patrimônio do povo, é expressão máxima de nossa identidade brasileira. Para tanto, cabe ao poder público assegurar a sua realização e, acima de tudo, o seu sucesso, assumindo também a responsabilidade por seu insucesso. 

É falsa a ideia de que o carnaval gera despesa! A contribuição pública é muito pequena perante o que se arrecada e se movimenta. Esse argumento é mais ideológico do que propriamente econômico. E é extremamente politiqueira a decisão de não realizar carnaval com base em economizar recursos. Essa decisão, geralmente, tem proposta única de criar fato político. O ponto de vista contrário ao carnaval não tem sustentação nos fatores econômicos, pois carnaval é investimento. Pode até ter sustentação no ponto de vista religioso, mas não na economia ou prioridade do poder público. Carnaval - repito - gera emprego e renda. O que se coloca de recursos nesta festa volta, no mínimo, em dobro. Indiretamente, em triplo. 

Alguns usarão a típica fala: "como gastar dinheiro com carnaval se falta remédio no hospital?”. A falta de remédio no hospital não tem nada a ver com carnaval. Coloca-se, muitas vezes, a culpa no carnaval para que se esconda a incompetência de gestão. O problema não está no que se gasta, mas em como se gasta. Mais de 30% do que se tem de recurso no município se aplica na saúde, fora os recursos estaduais e federais. O dinheiro é mal aplicado, quando não desviado ou ultra dimensionado para a mesma finalidade.

O carnaval de Nova Friburgo precisa de um sacode. De uma grande virada. Mas essa virada não depende de quem faz, porque quem faz é que tem garantido sua sobrevivência. Depende diretamente de quem realiza!              

 Procura de órgãos (1)

Com a intenção de chegar à meta de 300 doações de órgãos por ano no estado do Rio, o Programa Estadual de Transplante (PET) inaugurou a primeira Organização de Procura de Órgãos (OPO). A unidade tem como função atuar em conjunto com as equipes já existentes, responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, e vai funcionar no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. 

Além desta OPO, até o final do primeiro trimestre as unidades de Petrópolis e Itaperuna serão inauguradas. No meio do ano, a OPO da Usina (que atenderá a Zona Norte) e de Barra Mansa também serão abertas. A ideia é minimizar a negativa dos familiares na hora da doação dos órgãos. Só em 2013, quase 50% das famílias de pacientes com mortes encefálicas não autorizaram o processo. Por outro lado, hoje são mais de 1.900 pessoas à espera de um transplante no estado. 

A cidade de Cantagalo completa 200 anos no próximo dia 9 de março. A comemoração, no entanto, já começa hoje com uma série de atividades. O carnaval se inclui nessa programação, já que terá como tema o aniversário do município. A programação oficial foi divulgada pela prefeitura e terá exposições, música, dança e poesia. 

A partir das 19h, será inaugurada a Praça dos Pavilhões, na Rua Rodolfo Tardin, Centro. Na Biblioteca Pública Municipal, às 20h, será aberta a exposição "Cantagalo 200 anos”, que tem como curador o historiador Gilberto Cunha. Após as inaugurações, às 22h, será realizado um show na praça Cônego Crescêncio Lanciotti. 

Entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março, o município promove a festa do carnaval com bailes, blocos, escola de samba e matinês, que terão o bicentenário como tema. O encerramento da programação contará com shows de Victor e Léo, Titãs e Bira Bello, além de shows musicais locais, entre os dias 14 e 16.

Está marcada para o dia 8 de março, sábado, a inauguração do novo cinema de Nova Friburgo, que ficará no shopping localizado na Moisés Amélio. São três novas salas com angulação moderna e inclinação dentro dos novos padrões. A previsão inicial de inauguração já foi alterada pelo menos duas vezes.

 

O proprietário das três novas salas é o mesmo das que já existem na cidade, no shopping da Praça Getúlio Vargas, com a mesma franquia. A construção das salas ocorreu no quarto piso, fora do previsto na planta inicial do shopping, que previa o cinema no 2º andar. As obras continuam a todo vapor. 

O famoso bloco Presidiários de Alcatraz está de volta. Retorna após uma década de paralisação. O bloco, que ganhou inúmeros adeptos ao longo de sua trajetória, promete um retorno tímido nesse ano, mas programado para ser ainda maior em 2015, ao ponto de retomar os velhos tempos.  

 

 

Aquecidas e preparadas. As baterias dos blocos de enredo e das escolas de samba estão afinadas para os desfiles de sábado e domingo, respectivamente. Na foto, ensaio do bloco Globo de Ouro, que volta aos desfiles após três anos. A bateria promete coreografias e paradinhas. A bateria de cada agremiação, aliás, promete muitas surpresas na avenida