Observatório — 23/03/2016

quarta-feira, 23 de março de 2016

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O dia

Em 23 de março de 197, as Forças Armadas da Argentina prepararam um golpe de Estado para favorecer a volta de Juan Domingo Perón ao poder.

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Palavreando

Cada pessoa segue seu caminho solitariamente e só se aproxima se precisa de escadas para roubar estrelas do universo.

Tempos de ódio não produzem amor

Nada melhor que a reflexão para acalmar os tortos corações de uma nação de muletas. Nesses tempos de vale tudo, onde as ruas se transformam em ringues e as redes sociais em arenas, respirar fundo é preciso, temer o autoritarismo também! Sei que a inteligência perde para a intolerância, mas nem por isso devemos deixar de buscar a sabedoria.

Mais análise, menos paixão. Não confundamos nossas emoções. Indignação, sim! Radicalismo, jamais! Portanto, não precisa gritar. Toda história tem dois lados e respeito é fundamental à diversidade que não tem sentido se servir apenas a adversidade. Opiniões não necessitam de tom de voz alto e alterado. O grito pelo grito tem mais a ver com o desespero de quem não tem argumento ou intimidação de quem não tem profundidade para discutir.

O fato é que hoje não há consenso no Brasil nem com os fatos, nem com as posições, tampouco com as formas. Mas é na divergência que cresce uma sociedade. Talvez, não estejamos preparados para crescer ou talvez o povo brasileiro deixou de lado o seu talento protagonista na música de Zé Ramalho, “Vida de Gado”. Muito bom vicejar esse tempo em que não se acredita em tudo o que diz o Jornal Nacional ou no que falam as propagandas políticas dos variados partidos.    Melhor ainda ver a capa da Veja com criticidade ou analisar o discurso de FHC ou Lula com mais sobriedade. Magnífico mesmo é colocar em julgamento as ações da Justiça que é cega, mas que vê muito bem só aquilo que quer ver. Criticidade é a habilidade fundamental de uma democracia. A nossa ainda está nos alfabetizando.    

Tempos de ódio não produzem amor. Tempos de rancor não constroem nada. Servem, no entanto, a retrocessos, perdas, mortes. Trocar seus direitos em nome de caça a vilões eleitos por parte da mídia é burrice ou ingenuidade demais. Trocar uma liberdade adquirida com sacrifício de tantos por uma falsa justiça a qualquer preço não é algo que se possa admirar.

O sistema usa as pessoas para se perpetuar. Mutila alguns dos seus para fazer sobreviver a maioria e o próprio sistema. Esse sistema do toma lá da cá, dos 20%, das compras de sentenças e licitações. Existe um sistema endêmico de corrupção que precisa ser combatido no Brasil. Mas não acreditem que acabará como passe de mágica cheio de atropelos.

Corrupção não se combate com corrupção, nem mesmo com a corrupção moral ou legal – anticonstitucional. Não basta cair um. Há que se cair todos, inclusive os hábitos tidos como normais do dia-a-dia de cada um. Ainda é devaneio crer nisso. 

Diz o cientista político José Murilo de Carvalho: “a radicalização política e a intolerância chegaram hoje a um ponto perigoso. Não há mais debate, apenas bate-boca e gritaria. Neste cenário dominado pelas paixões, tudo pode acontecer, mesmo um sério conflito social”. O Brasil não precisa disso para resolver as suas agruras.

O Brasil necessita de mais liberdades individuais e na vivência de suas liberdades praticar o respeito às ideias, defesas e opiniões. Precisa antes de resolver suas contradições, ver suas próprias tetas para abominar o falso purismo e a condenação hipócrita de seus palavrões.

É um país de bengala que ainda engatinha, mas que há de andar um dia! Não nesses tempos de ódio que não produzem amor. Quem sabe depois dele? Que não aprendamos da pior maneira possível para depois não ter que esperar mais e mais gerações para saber como não errar pelos livros de história.

Mais policiais nas ruas

Os policiais militares da área administrativa serão deslocados para o patrulhamento ostensivo nas ruas de todo o estado. A assessoria de imprensa da PM informa que serão mais de 700 policiais nas ruas. A decisão é uma resposta ao aumento dos índices de violência registrados nesses primeiros dois meses do ano. A medida contempla principalmente os batalhões da região metropolitana, mas se estende a todos do interior fluminense.

Vestibular UERJ (1)

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) está com as inscrições abertas para o primeiro exame de qualificação do vestibular 2017. Os interessados poderão se inscrever até o dia 18 de abril pelo site da instituição. Aqueles que não forem isentos terão que pagar a taxa de inscrição de R$ 60 até o dia 20 de abril em qualquer banco ou casa lotérica. O exame será realizado no dia 12 de junho.

Vestibular UERJ (2)

Na primeira etapa os candidatos deverão responder a questões de linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Os resultados serão divulgados no dia 20 de junho no site do vestibular 2017. Em Nova Friburgo, as vagas são para engenharia mecânica e engenharia da computação. A Uerj não usa a nota do Enem para o seu processo seletivo.

Feriado

Amanhã, 24, é ponto facultativo decretado pelo governo do estado, portanto não haverá expediente na maioria dos serviços estaduais. No entanto, todos os postos de atendimento ao público do Detran, sejam eles de vistoria, de habilitação ou de identificação civil, operarão nos seus horários habituais. Não haverá expediente em nenhuma unidade do Detran na sexta-feira santa, 25, e no sábado 26.

Foto da galeria
A criatividade na crise ou a gastronomia caseira invadem a Páscoa. Muitas pessoas têm apresentado ovos criativos para vender sob encomenda. Ovos mais recheados, mais gostosos e mais baratos que os vendidos no mercado convencional. O resultado é um presente exclusivo. Esse é criação de Bárbara Bravo.
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.