Observatório - 22/01/2014

O carnaval de Nova Friburgo precisa de um grande impulso, sob pena de acabar como acabaram nossos times de futebol, nossos clubes de lazer e tantas outras entidades e instituições marcantes no cotidiano da história de Nova Friburgo.

A identidade de um povo e de uma cidade se faz por essas instituições. O fim delas é o fim dessas ligações que conectam as pessoas ao seu lugar.

Não se trata de um olhar apocalíptico, mas preocupado. O carnaval de Nova Friburgo precisa de um urgente sacode, mais forte que o rufar de nossas baterias e mais alto que o grito das escolas ao entrar na avenida. Perdemos o Unidos do Amparo. O Acadêmicos do Prado também. Agora, o Alunos do Samba, a mais antiga escola de samba da cidade, não desfilará. Espero que seja só, por esse ano. Espero que não se torne uma alternativa recorrente pelas justas dificuldades de quem sobrevive com o apoio de alguns empresários e uma perseguição velada de autoridades públicas. Não quero crer nisso. O fato é que alguns que estão no poder público podem ajudar pouco e dificultar muito o prosseguir dessas instituições.

O Alunão deixa nesse ano uma lacuna enorme. Pela tradição, pela força de Conselheiro Paulino, pela resistência em fazer as fantasias e alegorias no próprio barracão, recusando ao simples comprar de peças usadas no Rio.  

O alento pela ausência do Alunão é que isso represente uma indignação que resulta em um mover-se urgente. Ontem foi o Acadêmicos do Prado, hoje o Alunão. E amanhã?

Quando dizem que o carnaval de Nova Friburgo é o 2º melhor do Estado, me perdoem a falta de ufanismo, mas isso não representa a verdade. Nova Friburgo pode ter o 2º melhor desfile de escolas de samba, não o melhor carnaval. Só para citar cidades vizinhas, Madalena e Bom Jardim atraem muito mais gente com o carnaval de rua e seus animados blocões. Algo que voltou com força total na cidade do Rio de Janeiro e que em Nova Friburgo fica restrito ao Bloco da Predial com as piranhas e ao Blocão do Rastafare. Nova Friburgo não se atentou para embarcar no retorno dessa moda. E quando vemos apenas três escolas desfilando, naturalmente, nos preocupamos com a perda do atual posto de 2º melhor desfile que só ocorre graças ao investimento de alguns abnegados. Aliás, quem substituirá esses abnegados? Quem herdará esse legado? Que não seja só a história!

Se o samba é patrimônio cultural, penso, o poder público precisa agir de maneira mais presente, abandonando um pouco esse cômodo papel de apoiador para ser de fato realizador. Afinal, o carnaval é da cidade, do seu povo e sua grande identidade.

 

O jovem ator friburguense estará de volta à tela da TV Globo. Após participar de dois capítulos da novela das sete, "Além do Horizonte”, Bernardo Dugin terá nova participação, agora na nova novela das nove, "Em Família”, que estreia em fevereiro. Na trama de Manoel Carlos, ele faz cena com a atriz Bruna Marquezine, que vive a filha da protagonista Helena, de Julia Lemmertz.  

É tempo de combate à dengue. Estamos no período de pré-transmissão da doença, considerado essencial para intensificar as ações de combate. Para combater os focos do mosquito transmissor da doença, entre as séries de estratégias, está a campanha dos "10 minutos contra a Dengue”, em que as pessoas são motivadas a dedicarem 10 minutos do dia para eliminar possíveis criadouros do Aedes Aegypti.

 

Em tempo: a epidemia de dengue no estado do Rio de Janeiro em 2013 deixou mais mortes do que no ano anterior.  De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, o número saltou de 44 para 60 no Rio de Janeiro, um aumento de 36%. O número de casos da doença em 2012 foi de 184 mil e em 2013 passou para 218 mil, um crescimento de 18%.

 

O dado mais alarmante é o alastro da doença. Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, em 2012 foi uma epidemia muito restrita à capital, que corresponde a 40% da população. Já no ano de 2013, houve uma interiorização dessa transmissão, que colocou Nova Friburgo, inclusive, em situação de epidemia.

 

Após perder na estreia, em casa, o Friburguense chega à 2ª rodada do Estadual precisando vencer fora para não começar o Estadual com a vida complicada. O adversário é o reformulado Duque de Caxias, que também perdeu na estreia. O que mais preocupa é a sequência de jogos depois do Duque: Vasco e Flamengo. O primeiro fora e o segundo em casa.

 

Para piorar, depois da partida contra o Flamengo, serão três jogos seguidos fora de casa: Volta Redonda, Macaé e Botafogo. O Friburguense só volta a jogar em casa pela 8ª rodada, dia 15 de fevereiro, diante do Audax. O time ficará quase um mês longe de seu estádio.