Observatório - 18/04/2013

Olaria das igrejas, Batista e São Roque. Olaria das escolas, Nossa Senhora das Graças e Dermeval. Olaria das bombonieres de cada esquina. Olaria da Praça 1º de Maio e do ponto final. Olaria das lanchonetes e bares. Olaria das carrocinhas de cachorro-quente e de empada. Olaria das farmácias e das lojas de eletrodomésticos. Olaria da moda íntima.

Intimidade é o que se atinge a quem vive, convive e visita Olaria. Bairro de multiplicidades. Bairro de gente de fé e trabalho. 

Olaria da feira. Olaria do batuque da Imperatriz. Olaria do terreirão. Olaria da família e da diversão. Olaria da música e do Frizão! Olaria dos clubes e da união. Olaria dos bancos das praças e do dinheiro também. Olaria da Pedra do Imperador.

Abraçado pelo Caledônia, bairro vigiado pelas Catarinas. Ao som da pedreira, o indicativo: é hora do almoço! É hora de voltar para casa ao entardecer. 

Olaria das TVs. Olaria dos buracos que todo lugar desta cidade tem. Olaria das reivindicações de quem merece mais, muito mais! Olaria das nostalgias de um lugar que cresceu sem saber para onde crescia. Olaria dos grandes e pequenos empreendimentos. Olaria de todos para todos nós!

Olaria do 21 de abril e de todos os outros dias do ano também. Olaria que não faz mais tijolos, mas constrói sonhos, histórias e gente em volta de si e dentro de si para prosperar, sentir saudade e esperança.

Olaria da Via Expressa. Olaria da Festa da Cerveja. Olaria da correria cotidiana. Olaria dos carros, bicicletas e ônibus lotados. Olaria dos morros e de tanta gente. Olaria das confecções, dos loteamentos e padarias. Olaria dos restaurantes e supermercados. Não é um bairro, é uma cidade. É uma cidade dentro de uma grande cidade que cresce para o céu e encanta com sua versatilidade e fotografia. O que fotografa? Gente! Acima de tudo gente com necessidades múltiplas e urgentes de dizer que sou de Olaria e amo Olaria, minha vida e meu chão!