Observatório - 16/11/2012

Muitas vezes ferimos as pessoas que mais amamos. Nunca fazemos isso com a intenção de magoá-las. Talvez, inconscientemente, façamos isso, ainda que de um modo estranho, para chamar a atenção e dizer: “Estou precisando de você”. 

É! Eu preciso de você! Muitas das vezes só você pode me salvar... Salvar-me de mim mesmo, das agruras do mundo, das tempestades das horas que insistem em ser mais do que sessenta minutos. Salvar-me até mesmo quando eu querendo parecer forte finjo não precisar de ajuda. Mas a verdade é que preciso de você não só para ser salvo, mas também para ser feliz! 

(...)

Eu tenho medo de tanta coisa, mas nunca tenho medo quando você diz que devo seguir em frente! E seguimos cheios de sonhos de viagens que talvez nunca se concretizem, mas que carregamos na bagagem de nossa história. A bagagem fica cada vez mais cheia, mas nunca mais pesada. Pode parecer incoerente o fato de termos cada vez mais coisas para carregar, mas é impressionante quanto mais leve fica o que transportamos do passado para o futuro que perseguimos. Fabricamos nostalgias futuras enquanto relembramos com alegria momentos que nos conectam com cadeados que ninguém mais pode abrir além de nós dois. 

Nós dois somos companheiros, nós dois somos únicos! Você não precisa me dizer muito para...      

Você me traz paz! Paz boa que canta. Paz dessas silenciosas que agradam o vento. Você tem o poder de pacificar o meu espírito mesmo quando suas palavras me fazem crescer. Crescer não é fácil, mas quando estou com você se torna menos complicado.

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Ferir a quem se ama é ferir a si mesmo! Sangra na pele do outro, mas é a sua própria alma que sente. Caduquice momentânea essa...

Meu irmão, eu te adoro e devoto a você não a perfeição, mas acima de tudo a fé que nutro na humanidade e a certeza de que o nosso companheirismo vai além das trincheiras revolucionárias que a história já contou e que há de contar! A maior história no fim das contas será a nossa que por ser grandiosa demais acabará por se colocar na prateleira das lendas e não nos livros que se estudam na escola.

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Confira na íntegra, amanhã, 17, no Caderno Light de A Voz da Serra