Observatório - 15/11/2012

Contrariando a máxima de que santo de casa não faz milagre, o Grupo em Grupo de Teatro provou com a peça “O Santo Milagroso” que sim: santo de casa faz milagre! Ao ver esse trabalho, somado aos trabalhos de Bernardo Dugin com “60, o musical” e “Old&Gold”, afirmo sem medo de errar ou parecer exagerado: o teatro de Nova Friburgo está vivo de novo! E mais do que isso: o povo friburguense gosta de teatro! A cada apresentação local ou não, fileiras das casas cheias, lotadas! E como é bom ver os teatros cheios. É o povo que faz a arte sobreviver. Quando alguém vai ao teatro ela está financiando um sonho, reconhecendo ser parte dele e a melhor parte: é que mais ganha! Ganha experiências fantásticas em meio a sorrisos e lágrimas. Ganha histórias e olhares que acrescentam ao cotidiano. É magia que contradiz a tecnologia dos efeitos especiais. O efeito do teatro são as pessoas em cena e tão somente seus talentos que contagiam quem está na plateia.   

O teatro faz as pessoas viajarem, vivenciarem as histórias da pele para a alma ou da alma para a pele. É a arte que se constrói aos olhos do espectador que com o seu simples respirar constrói junto.

O Santo Milagroso é de uma sagacidade tremenda que apesar de fazer uma critica não generalizada ao comércio da fé, não desagrada nem aos mais fervorosos católicos nem aos mais fervorosos protestantes. Esse é o lance da comédia bem feita. Não precisa ser ingênua ao ponto de não parecer inteligente, nem precisa ser agressiva ao ponto de não parecer ser crítica. O texto de Lauro César Muniz é maravilhosamente bem encarnado por todos os atores em cena, em especial, Paulo Cezar Queiroz—o Cezinha Simpatia, que brilha no palco. E todos encantam: Lúcia Palomo, Jerônimo Nunes, Leonardo Verly, Ronaldo Carneiro e Wilson Wagner, que encarnou mesmo o papel de padre. 

Mais do que isso, os atores têm a capacidade de se revezar em papéis que parece que em vez de seis em cena, são vinte. Mais do que as falas decoradas, vivem o texto com todas as expressões e linguagens corporais devidamente colocadas. Nem é preciso falar de Daniela Santi na direção geral—um dos grandes expoentes do nosso teatro e que continua a dispensar maiores comentários. A direção musical assinada por Diego Rebel merece reconhecimento pela leveza também, mas principalmente por se costurar perfeitamente com o enredo da divertida história, com coreografia de Paula Winter.        

Imagino como todos, aqui citados e não, trabalharam para chegarem a tamanha perfeição, e, que me perdoem o trocadilho, conquistaram a devoção do público. Se foi o padre ou o pastor eu não sei, mas o público não foi apenas generoso ao aplaudir as apresentações de pé—foi justo! Parabéns a todos! Se tiverem oportunidade, assistam, levem uma pessoa que gostem! É garantia de vê-la rir e rir bastante junto dela.    

Em uma semana de preocupação para todos os moradores de Nova Friburgo, por conta das chuvas, o estado anuncia a instalação de 42 unidades de proteção civil na Região Serrana. A ideia é ocupar permanentemente as comunidades em áreas de risco.

Em módulos semelhantes aos das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24h, a Defesa Civil vai instalar as Unidades de Proteção Civil (UPC) em 49 comunidades dos municípios de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Bom Jardim. O processo já  está em fase de licitação.

Funcionando 24 horas por dias, as UPCs contarão com agentes comunitários qualificados pela Defesa Civil. Além de responsáveis por monitorar o recebimento de alertas de risco, esses funcionários vão realizar treinamentos com os moradores e, em caso de enchentes ou desmoronamentos, ajudarão a evacuar a área.

A UPC funcionará num contêiner de 30 metros quadrados com computadores e telefones interligados ao Centro Estadual de Administração de Desastres (Cestad) da Defesa Civil. As UPCs são inéditas no país. Serão contratados ainda 170 agentes das próprias comunidades.

As redes sociais podem ajudar, mas também atrapalham. Muitas postagens continuam sendo com fotos da tragédia de 2011, que confundem e amedrontam a população. Obviamente, a atitude não traz qualquer benefício. Por isso, o reforço de só se confiar em notícias de órgãos ou pessoas com credibilidade carimbada.  

O tradicional time do Gustavo Lira, em Olaria, está em festa nesta quinta, 15, quando completa 44 anos. Para celebrar a data marcante, futebol de veteranos, às 9h, seguido de jogo livre às 10h. Posteriormente tem almoço com churrasco para quem adquirir a camisa festiva da data, ao valor de R$ 25.

  

Dados da Secretaria estadual de Segurança mostram que Nova Friburgo ocupa o 2° lugar na lista de municípios com o maior número de lesões corporais contra as mulheres. Nova Friburgo está atrás apenas de Itaboraí. Nova Friburgo também ocupa a 2ª posição no interior do estado quanto aos registros de ameaças, atrás apenas de Volta Redonda.