Observatório - 14/12/2012

Dizem que sou intenso, e realmente sou! Não consigo ser meio, tampouco me deixo ser metade. Ou me tem por inteiro ou simplesmente não me possui! Sou possuído por um só sentimento! Não há como ser mais de uma coisa ao mesmo tempo! Sinto por inteiro! Amo como um todo! Não sei sobreviver. Vivo e ponto! Só a vida me interessa! Por completo, sem meios-termos, sem fugas e planos. Subterfúgios e recusas são para os que sobrevivem! Eu aceito o que me é devido e assumo a responsabilidade. Tropeçar? Se enganar? São possibilidades de quem corre mais do que respira, saboreia mais do que come, morre mais do que deixa só o tempo passar...

Sou intenso, não para assustar! Nunca foi a minha intenção ser importante. Apenas quero ser apaixonante e você vai se apaixonar por mim! 

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Mas sou homem de uma paixão só! Mais fiel do que restritivo, meus olhos brilham só por uma paixão, meu coração palpita apenas em uma direção! Na direção que me desnorteia, mas que ao mesmo tempo me garante um continente. E, nele, aporto com a fé dos discípulos, com a devoção de quem prefere conhecer antes a canção do que a pessoa! Conheço seus sons antes mesmo de ter ouvido pela primeira vez a sua voz!

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Não viaje! Não me deixe à espera! Suplico! Aguardo a carta! Guardo a minha em pensamento para compreender a resposta, sem a pretensão de entendê-la de imediato, pois não sou imediato ainda que escolha o agora que me chama!

Queria poder dizer que te adoro... 

Hoje choveu. Chuva de tarde quente de verão! O cheiro da chuva me fez lembrar você! Poucas coisas merecem ser tremendamente apreciadas! O cheiro da chuva, você—ambos merecem ser apreciados, como cada encontro. Por mais banal, cada encontro nosso merece ser apreciado! 

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