Observatório — 12/05/2016

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Hoje é dia

  • do engenheiro militar
  • Mundial da enfermagem e do enfermeiro

O dia

Em 12 de maio de 1937 aconteceu a primeira transmissão ao vivo de rede de comunicação. Foi em Londres, na coroação do rei George VI.

Observando...

Cinco notícias que, talvez, você não viu

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Palavreando

Meus passos cantam, meus passos voam, meus passos pulsam e de passo em passo vou me transformando em mim mesmo.

O dia amanheceu mesmo melhor?

Eu evito ao máximo falar de política aqui na coluna. Para que não confundam o Wanderson Nogueira político com o Wanderson Nogueira jornalista. Jornalista é a minha profissão. Políticos todos nós somos. Recusar isso é recusar a si mesmo e a vida em sociedade. Ocupar cargos políticos só aqueles que se candidatam e são eleitos para um determinado período de tempo. Sei que é difícil separar uma coisa da outra. Hoje estou na política, mas sou e sempre serei jornalista.

Faço essa proposital introdução para esclarecer aos que me criticam por vez em quando falar de política e aos tantos outros que me criticam por falar pouco ou não falar de temas de política aqui. É difícil agradar a todos, mas essa é uma escolha até mais minha do que do próprio jornal. Estou aqui em Observatório há sete anos. Oito se completarão em novembro. Estou na política há três anos. Sim! Apenas três anos. E, nem como jornalista, tampouco como político, vejo um momento tão crítico que torna difícil não fazer reflexões sobre política.

A pergunta que ilustra o título deste artigo faz evidente referência a mudança na presidência da República. Cai Dilma, entra Temer. A mudança fez o dia amanhecer melhor? Talvez, aja alguma esperança. Há quem acredite até que a corrupção acaba de forma imediata. Outros já criticam a ponte para o futuro, documento que dá a cara do novo governo. Alguns, defendem suas medidas.

O fato é que pouco ou quase nada mudará. A corrupção continuará tão ou mais intensa, enquanto não existir uma revolução no sistema. O país será tanto ou ainda mais dependente, porque quem comanda as vidas de todos é o mercado financeiro que exige lucro e crescimento a qualquer custo desde que não custe para ele.

Acho que o dia amanheceu como qualquer outro, talvez mais cinzento para nossa frágil democracia. O dia não traz grandes novidades, afinal os mesmos de ontem continuam ocupando os espaços de hoje. O Brasil não amanhece como o país do futuro no hoje e tampouco para um amanhã tangível para a minha geração.

Sinceramente, o dia amanheceu como outro qualquer, sem qualquer perspectiva de conquistas, mas com um cenário de perdas ainda maiores de direitos que começaram faz tempo e não foram interrompidos em momento algum.

É! Para constatar desesperança, seja melhor mesmo o jornalista evitar falar de política...       

Salários dos servidores estaduais

O estado garante que o pagamento dos salários de todos os servidores, ativos e inativos, acontecerá mesmo nesta sexta-feira, 13, como previsto pelo calendário de pagamentos no décimo dia útil. Já os pagamentos de bolsistas da Faperj, Uerj e monitores do Cederj continuam com sucessivos atrasos e não constam na lista de prioridade que segundo o governo, tem como número um  o pagamento dos servidores.

Situação financeira do Rio de Janeiro (1)

Segundo dados do Ministério da Fazenda, o estado do Rio de Janeiro, aumentou o gasto com a folha de pagamento de aposentados e pensionistas em assustadores 118% de 2014 para 2015. O valor desembolsado saltou de R$ 4,97 bilhões para R$ 10,84 bilhões. Trata-se, disparado do maior crescimento do Brasil. Já a folha com os servidores ativos subiu apenas 8%. Houve ainda uma forte queda nos investimentos do estado.

Situação financeira do Rio de Janeiro (2)

Entre 2014 e 2015 a queda foi de 24,5%, ou seja, de R$ 8,189 bilhões para R$ 6,182 bilhões. Os números de 2015 para 2016 devem ser ainda piores. Com um cenário de investimentos praticamente nulos, aumento com a folha de aposentados e pensionistas e queda nos valores com a folha dos servidores, por congelamento dos salários e cortes prometidos para as próximas semanas.

Moratória da dívida

O governo do Rio deve propor nas próximas semanas uma moratória de dois a cinco anos de juros para renegociar a dívida com o governo federal. O estado do Rio deve hoje R$ 67 bilhões à União — o que representa 60% do total da dívida pública dos estados. O maior devedor do país, estima que o Rio de Janeiro desembolse R$ 5,5 bilhões apenas com o pagamento de encargos e juros da dívida só neste ano. 

Foto da galeria
Lucas, jogador ainda vinculado ao Friburguense, acaba de ter mais uma conquista. Além do bi estadual (Vasco ano passado e Paysandu este ano), conquistou mais um título com o time paraense. A Copa Verde. Se continuar no azulão, o jogador de Nova Friburgo disputará a sua primeira competição internacional, a Copa Sul-Americana. Lucas tem sondagens do futebol europeu.
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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