Observatório - 09/04/2014

Só em Nova Friburgo música é considerada barulho e músico como persona non grata. Na terra de Benito de Paula, o desrespeito aos músicos tem sido de uma intransigência que entristece a todos que amam a arte. Sem contar os prejuízos trazidos à economia. E cá entre nós, Nova Friburgo não pode se dar ao luxo de recusar nenhum tipo de receita.

É um absurdo como os músicos de Nova Friburgo têm sido tratados pelas autoridades locais, que em nome da ordem baixam a autoestima local e impedem talentos de se expressar. Igual absurdo, como tem sido tratado bares e demais estabelecimentos que investem nos músicos para incrementar seus serviços e oferecer um atrativo além de comida e bebida. O tal diferencial que conquista o turista e também os moradores da terrinha, que merecem voz e violão.

Os músicos estão sendo impedidos de trabalhar e famílias inteiras vêm sendo prejudicadas. Esse direito de trabalhar tem sido surrupiado, sem ser dada qualquer alternativa. Veja bem: não estou falando de carros tunados com seus sons em altos volumes. Estou falando dos profissionais da música que estão sendo impedidos de tocar em bares e restaurantes. 

A coletividade é mais importante que os caprichos de uns. Óbvio que devem existir regras, mas as regras devem ser pensadas, assim como a aplicação das mesmas. Essa responsabilidade deve ser dividida com todos, a fim de que ninguém saia prejudicado. Nem moradores, nem músicos e estabelecimentos. Tratar os músicos como eles vêm sendo tratados em Nova Friburgo é mais que um avilte a eles, mas à cultura de um modo geral. Em vez de tão-somente aplicar de maneira dura as regras, por que não fazer um pacto como todos os envolvidos que necessitam desse trabalho? 

Tantos são os artistas de nível nacional e internacional que começaram num barzinho... Quem não gosta de música?

"Foi nos bailes da vida ou num bar / Em troca de pão / Que muita gente boa pôs o pé na profissão / De tocar um instrumento e de cantar / Não importando se quem pagou quis ouvir / Foi assim...”. A canção-hino de todo músico que sabe o quanto é dura essa profissão parece não estar servindo muito em Nova Friburgo. Afinal, a busca por esse pão tem sido impedida de forma veemente.

É preciso repensar as regras! Se faz necessário esse manifesto por todos os músicos, pela música e pela valorização de nossa cultura. Música não é barulho. Nova Friburgo não pode ser cidade de alma velha, mas de coração jovem que precisa renascer. 

Viva a música! Viva os músicos! Louvado seja o repensar das medidas que vem sendo tomadas e que a música volte para a vivacidade de uma cidade que seja menos coronelizada e mais humana, mais coletiva.

Justiça Federal em greve (1)

Os servidores do Poder Judiciário Federal no Rio decretaram estado de greve. A categoria é contra um projeto do Supremo Tribunal Federal (STF), que pretende dividir os servidores de acordo com os tribunais superiores (STF, STJ e TST) e inferiores (juizados especiais e tribunais regionais).

 

Outra reivindicação é a manutenção da isonomia do quadro de pessoal do Judiciário Federal, já que um projeto de lei pretende não conceder mais reajuste linear para todas as classes do Judiciário. Há campanha também por aumento salarial isonômico com as carreiras típicas de Estado.

Até sexta, 11, acontece a Semana Nacional de Humanização. O evento faz parte das comemorações pelos 10 anos da Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde. Estão sendo discutidas a trajetória e os desafios da política de humanização na rede estadual de Saúde.

 

Os jogadores do Friburguense se reapresentam hoje, 9, após um curto período de férias. A comissão técnica pretende definir com o elenco como fará nesse período sem jogos, uma vez que a Copa Rio só deve começar em agosto. O técnico Gerson Andreotti teve propostas de outros clubes, mas preferiu permanecer no Tricolor da Serra, dentro do projeto de subir para a Série C do Brasileiro em 2015.

O meia Rômulo é a 1ª confirmação de saída. O jogador está se transferindo para o Joinvile, que disputa a Série B do Brasileiro. O atacante Luiz Felippe, que tem proposta de cinco clubes da Série A do Brasileiro, deve optar pelo Grêmio. Nessa semana, também devem ser definidas as vidas de Marcelo e Lucas, que também têm propostas. A diretoria insiste em só negociar jogadores para times das séries A e B do Brasileiro.

Começam hoje, 9, e vão até o dia 30 de abril as inscrições para o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF). São 216 vagas de nível médio para o cargo de agente administrativo em todo o Brasil, com salário de R$ 2.043,17, mais uma gratificação que varia de acordo com o desempenho do servidor, entre R$ 1.521,60 a R$1.902,00. 

A inscrição custa R$ 60. A carga horária é de 40 horas semanais e o regime, estatutário. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a homologação do concurso será rápida, até o dia 30 de junho, para que as nomeações não esbarrem em vedações impostas pela lei em ano eleitoral.