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Observatório - 08/02/2014
sábado, 08 de fevereiro de 2014

Hoje é dia de crônica
Estrelas
Todos deveriam olhar mais para as estrelas. Aprender com elas os segredos noturnos. Ouvir com elas o silêncio murmuroso de todas as noites. O que será que cada noite diz? Dirá coisas diferentes para cada ouvido?
As estrelas brilham no imenso pano escuro. Acalentam quem não foi dormir tão cedo. Afugentam quem não pode sossegar em sono. Em sonho, alimenta quem ainda tem esperança!
Ao olhar para as estrelas, talvez perceba o quanto pequeno é perante a imensidão do universo que não se explica, tampouco, se mensura. Qual será o tamanho do universo? Quantas estrelas existem na soma de todas as galáxias?
Nascerá o amor de onde menos se espera! Estrela solitária procura parceria ainda que em brilho distante de luz que não existe mais. Viaja, viaja, viaja... À procura do que não conhece, mas já ouviu falar. À procura do que sabe, mas que talvez não entenda. Compreende a saga de cada estrela para se compreender nesse plano de alegrias e tristezas que é a jornada de cada um.
Ser, ser, ser... Rechaça o ter e combate com veemência o acúmulo besta daquilo que não se leva daqui! Quer ser estrela? Ignora o que não interessa e junta o que engrandece a alma, pois esta sim é permanente. Eterna é a história que fica. Terno é o olhar que muda um mundo. Quais mundos quer mudar? Causa impacto milagroso e testemunha pelo menos uma biografia.
Versos mudos cantam. Poesia oculta pode ser vista desde que haja olhar para a sombra que a luz faz. O que seria da sombra sem a luz? Como se perceberia a luz sem a sombra?
Os sons da noite. Os gritos de quem faz gesto com a cabeça e confessa com o olhar. Dirão mais que as estrelas? Há poder no amar. Existe dor em quem decide deixar.
Não vá dormir tão cedo! Olha as estrelas! Acho que todos deviam olhar mais para as estrelas. As estrelas esparramadas sobre as nossas cabeças. Penduradas no teto do criador. As estrelas que tornam a noite menos escura. As estrelas que tornam o dia mais bonito.
O amor pode não nascer para todos, mas a esperança em tê-lo perdura. Todas as noites, a cada anoitecer, as estrelas reaparecerão.
Sair pra quê? Deixa o mundo te invadir. Se a tristeza abate, a alegria em seguir prospera. O mundo cala ante o fim, mas a eternidade busca tudo aquilo que se vê no então do sem fim.
Espia as estrelas que contornam a mata escura. Pesca as luzes engolidas pelos sentimentos que se ocultam. Sentimentos são para se mostrar, assim como as estrelas que reluzem no mar. Por que esconder o amor que sente? Para que ocultar a paixão que transforma? Transforma também o outro no impulso que causa a paixão que entorpece o dia de alegria.
As estrelas olham do alto querendo estar em baixo! Iluminam querendo ser iluminadas. Olham para o lado e percebem, enfim, que iluminam e são iluminadas. E ensinam: dorme sozinho para perceber a dor das estrelas que mesmo próximas nunca estão juntas. Porém, compreende também que a luz está dentro e ao lado também.

Francisco de Assis Oliveira, conhecido pelo último sobrenome, é guarda municipal há quase 30 anos. É, portanto, o que está há
mais tempo na corporação. Friburguense, nascido no 3º distrito (Campo do Coelho), foi criado em orfanato. Trabalhava na feira
quando a senhora Maria Manja Stutz estendeu a mão e passou a criá-lo. Casado há 11 anos, Oliveira é respeitado por
todas as administrações que passaram pela Prefeitura nessas três décadas.

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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