Observatório - 04/06/2014

Em 4 de junho de 1989, cerca de 1.400 pessoas foram mortas na Praça da Paz Celestial em Pequim, na China. A manifestação, composta em sua maioria por estudantes, pedia democracia e o fim do regime autoritário. Foi nesse dia que aconteceu o famoso episódio do estudante que parou um tanque de guerra.  

O Brasil tem inúmeros motivos para protestar. Aliás, nós brasileiros, ainda temos muito com o que aprender com os argentinos e franceses. Estamos em um processo evolutivo de cidadania. Reconhecer direitos e cobrar por eles. Rever deveres e pagar por eles. Transformar indignação em ação. Ações maiores que gritos.

Há total legitimidade nas greves e protestos que ocorrem país afora. O único temor é que os direitos fundamentais dos mais pobres sejam apenas pano de fundo para uma direita esperta que invade a coerência desses movimentos para implantar sua visão conservadora e retrógada. A pauta não é a esquerda. Nem a direita. Mas a igualdade de oportunidades com liberdade. Nada é mais sagrado do que a liberdade! Nada deve ser mais perseguido que a igualdade.

A Copa é um momento especial para escancarar o país de potenciais ímpares, mas que está longe de ser o país das maravilhas. No entanto, acho um tanto atrasado o protesto contra a Copa do Mundo em si. Afinal, lembro que em 2006, quando o país foi escolhido, as ruas celebraram a escolha e poucos, para não dizer ninguém, se preocuparam com as devidas prioridades nacionais. 

Rios de dinheiro foram gastos. Pouco será o legado em termos de mobilidade urbana e modernização das cidades-sede como se prometia. Há que se apurar todas as responsabilidades quanto ao não cumprimento desse planejamento e, acima de tudo, devem ser punidos todos os gestores que ultrapassaram os limites no superfaturamento das obras dos estádios e seus entornos. Agora, impedir o sucesso da competição é como dar um tiro no pé. Atrapalhar seu andamento não fará os supergastos voltarem aos cofres públicos, tampouco fará com que avancemos nas reivindicações históricas. Chamar a atenção, sim! Impedir o evento de ocorrer, não! O Brasil está de braços abertos para o mundo, ao mesmo tempo em que tem muitos problemas por expurgar. É possível fazer os dois! Respeitar quem quer ver a Copa e ir aos estádios. Receber bem os turistas e cuidar da imagem do país, afinal todos nós somos responsáveis por ele.

Nós, como brasileiros, devemos avançar, mas não mais naquilo que não queremos. Nós já estamos cansados de saber o que não queremos. Passou da hora de reverter esse quadro e iniciar o processo pelo o que nós queremos. Não queremos a privação da liberdade de pensamento e expressão. Queremos mais igualdade! Respeito às pessoas. Punições severas a crimes do colarinho branco. Honestidade não é qualidade, é obrigação! Assim, nos cabe ser mais justos que a Justiça e no momento de uma eleição punir quem tem que ser punido. Todos nós somos responsáveis por engravidar as urnas e pelo o que aí está!

A Copa dos protestos não pode terminar com a Copa do Mundo de futebol. A Copa dos protestos deve ser permanente até o dia em que não seja mais necessário nenhum tipo de protesto. Dia longínquo esse... Mas temos o direito e o dever de sonhar que esse dia virá! Até lá, é batalhar, batalhar e batalhar. Colocar o humilde passo de cada um ao caminho de todos! Nadar contra a corrente até que a corrente esteja ao favor de nós (o povo)!

       

Nova Friburgo ficou em 3º lugar no ranking de desenvolvimento Firjan, dados relativos a 2011, divulgados nesta segunda-feira, 2. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acompanha a evolução dos 5.565 municípios brasileiros desde 2005. Dos 13 municípios do Centro-Norte Fluminense, dez alcançaram patamar moderado, dois a mais que na avaliação anterior. 

Na região, apenas Nova Friburgo obteve desenvolvimento alto, com IFDM 0,8143, apesar da queda nas vertentes Emprego e Renda e na de Saúde, na comparação como o estudo anterior. Nova Friburgo ficou atrás apenas de Resende e Volta Redonda, mesmo tendo enfrentado naquele ano uma das maiores tragédias climáticas da história do planeta. 

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nova Friburgo se destacou no IFDM-Educação. Japeri manteve-se na última colocação no ranking do Estado do Rio. Santa Maria Madalena foi o pior da região.

O Índice de Desenvolvimento Estadual (iRS) classificou os resultados do Estado do Rio como um dos mais emblemáticos, por ter avançado 10 posições, da 16ª para a 6ª, na colocação geral do estudo. O Rio de Janeiro apresentou melhora em todos os quesitos, que também incluem educação e longevidade e segurança.

 

O índice de padrão de vida do estudo, criado pela parceria entre o jornal Zero Hora e a PUC-RS, mede a qualidade de vida das pessoas no que se refere aos bens materiais, usando como parâmetro a renda. Nesse ponto, o Rio de Janeiro apresentou melhora de 18,67% no padrão de vida, ficando acima da média do Brasil. 

O projeto Monitora Dengue, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Saúde, venceu o Prêmio TI & Governo 2014. A premiação escolhe, anualmente, as vinte melhores iniciativas da área de tecnologia da informação e comunicação criadas por instituições federais, estaduais e municipais. Na avaliação, foram considerados critérios como caráter inovador, relevância social e envolvimento de recursos humanos.

O Monitora Dengue foi lançado em 2013 e é um sistema instalado em smartphones que são usados para a transmissão de dados sobre a dengue em tempo real. O objetivo é fazer com que os municípios consigam acompanhar o trabalho dos agentes de endemia na busca por focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

 

Ainda não é época, mas a bela árvore da Praça Dermeval Barbosa Moreira em frente ao Instituto de Educação

de Nova Friburgo já está ficando florida. Logo, logo o chão estará roxo, repleto das pétalas que caem de seus galhos.