O NEGRO, BRAÇO FORTE

sábado, 31 de julho de 2010

Estamos na semana nacional da consciência negra. Semana para discutir e debater o papel do negro na história e na sociedade atual, muito mais do que a polêmica da validade do feriado estadual ou não. Fato que neste ano, por conta do feriado de 15 de novembro ter caído num domingo, a reclamação não foi extensa e a polêmica não ganhou tanta ênfase como nos anos anteriores. Mas voltando ao assunto que realmente interessa não dá para pensar o negro, sem pensar o branco, o índio e o amarelo. Não sou filósofo, tampouco antropólogo para falar do assunto com a certeza dos grandes pensadores, mas acredito ser um erro pensar na causa negra e nesse papel isolando o negro como ator único de si mesmo. Não dá para isolar o tema, quando há infinitas influências que circundam a visão do negro sobre si e dos demais sobre ele.

É preciso enxergar todo o contexto social, é necessário perceber não o negro como o ator único, mas tudo aquilo que o circunda e o coloca nas mais variadas situações ao longo do tempo sempre levando em conta o tripé cultura, economia e história. Não dá para separar uma da outra como não dá para isolar o mundo dos negros do dos brancos. A construção do contexto se faz pela soma dos dois, no confronto dos dois, na análise dos dois. Assim, se o negro foi escravo ele foi escravizado por alguém. Se há cota de negros nas universidades públicas, ela foi criada por alguém, para alguém e por um motivo, provavelmente solidificado nas bases da dívida social. Ou seja, não se pode tentar entender o contexto dos negros, olhando só para os negros, mas buscando analisar os negros e todas as relações em volta dele.

Da colonização para cá, muito mudou, mas muito ainda precisa mudar. Nessa longa jornada, o negro conquistou seu espaço e seu reconhecimento e precisa conquistar mais, para que nunca mais se precise discutir preconceito ou cota em universidades públicas. Igualmente, não dá para dizer que todos os brancos colocaram o negro em situação menor. Isso se deve a uma elite que não aceita dividir nada e que apenas quer manter seus privilégios advindos da dominação. Dominação sobre negros e também sobre brancos.

Então, mais do que discutir a situação exclusivamente do negro, é preciso refletir sobre a nossa sociedade como um todo! Enxergá-la como um grande corpo que não pode ter seus membros decepados ao ponto de se tornar deficiente. Não quero uma sociedade deficiente, nem sonho com uma Nova Atlântida, mas é preciso lutar por uma sociedade mais justa e justiça aqui é não ter privilégios para ninguém seja pela dominação ou por cotas para diminuir desigualdades. O que se pede é um lugar que todos tenham condições iguais de lutar por seu espaço ao sol!

FERIADO

Como o feriado de 15 de novembro desse ano caiu num domingo, havia a expectativa de que finalmente o feriado estadual da Consciência Negra, sexta, 20, fosse finalmente obedecido. Mas não será. Quase tudo funcionará normalmente, puxado, especialmente pelo comércio que está autorizado a abrir. A desculpa para a desobediência é a proximidade entre feriados, dois em uma semana. Vale ressaltar que por ser feriado, os patrões são obrigados a pagar horas extras dobradas.

UFF

803 estudantes se inscreveram no vestibular da UFF para concorrer a uma das 175 vagas oferecidas em três cursos em Nova Friburgo. Pela primeira vez, o campus local oferece os cursos de Biomedicina e Fonoaudilogia. O maior número de interessados é para Odontologia (520), mas a maior concorrência é em Biomedicina, em que 231 se inscreveram para 25 vagas, 9,24 por vaga. Para Odontologia, onde estão em disputa 120 vagas, a média é de 4,33 por vaga. Já para as 30 vagas para Fonoaudiologia, apenas 52 se increveram, dando 1,73 por vaga.

CIDADES HISTÓRICAS

Os municípios vizinhos de Duas Barras, Santa Maria Madalena e Casimiro de Abreu foram as cidades da região contempladas com o PAC das Cidades Históricas do Governo Federal. No estado do Rio, 15 cidades foram escolhidas para receber investimentos de infraestrutura direcionados para a restauração, ampliação e valorização do acervo histórico.

BONAN

Uma fonte ligada à Sportv, emissora esportiva das Organizações Globo, garante que a TV fechada estaria interessada em contar em seu cast do ano que vem com o locutor esportivo de rádio Fernando Bonan. A TV está em processo de renovação de seu quadro e o friburguense Bonan seria mais uma das apostas de quem faz sucesso no rádio para a TV, cuja transmissão tem grandes diferenças e requer adaptações. Atualmente, o locutor está na Nova Friburgo AM, onde coordena a equipe de esportes e na Rádio Globo AM.

CARNAVAL

Quase todas as agremiações já escolheram seus sambas e estão em ritmo acelerados as gravações dos sambas que estarão no CD do Carnaval friburguense 2010. Serão 9 faixas, com todas as escolas e blocos de enredo que desfilam no sábado e domingo de carnaval. Segundo o presidente da Liga das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Nova Friburgo, José Duarte, o lançamento do CD ocorrerá na noite do dia 2 de dezembro, apenas uma semana depois do lançamento do CD da escolas do grupo especial do carnaval carioca.

ESTREIA NACIONAL (1)

Nova Friburgo será uma das primeiras cidades do país a conhecer o krankcycling. O krankcycling é o primeiro programa de exercícios focado nos membros superiores. Ele foi criado pelo famoso Johnny G., também inventor do spinning e é um novo conceito de exercícios com base em seu antigo programa de ciclismo estacionário. A difusão para o Brasil se iniciará através de um curso ministrado aqui na cidade, na academia Corpo Suado.

ESTREIA NACIONAL (2)

Sexta, 20, acontece a aula inaugural para os alunos da academia. Na sexta seguinte, 27, o curso de kranking será oferecido a outros interessados. O kranking já é um sucesso fora do Brasil, e promete ser o exercício físico mais procurado do próximo verão.

TAGS:
Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.