Nova Friburgo – 35º PIB do RJ

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Nova Friburgo – 35º PIB do RJ
O IBGE divulgou os dados do PIB per capita por municípios revisados e Nova Friburgo subiu seis posições com relação ao ano anterior. Nova Friburgo saiu da 41ª posição para a 35ª no Estado do Rio de Janeiro, com R$ 27.048,70. Os dados são relativos ao consolidado de 2017.

Para entender
O PIB per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes. Demonstra o quanto o país, estado ou município é desenvolvido, ou seja, se é rico, médio ou pobre. Não considera as desigualdades que são averiguadas por outros fatores a seguir.

Pós-tragédia
Numa análise mais profunda do PIB per capita de Nova Friburgo, podemos dizer que o município volta aos patamares de antes do evento climático de 2011, quando estava em 37º em 2010, oscilando entre essa posição e o 48º lugar ao longo da década. 

Baixa renda salarial
Nova Friburgo é um município de forte desigualdade social. Entre 92 municípios é apenas o 59º em média salarial, tendo renda média de 1,8 salários mínimos. É o pior índice desde que foi iniciada a série histórica que atingiu seu melhor resultado em 2007, quando alcançou a média de dois salários mínimos. Para efeito de comparação, Macaé é o 1º do Estado e do Brasil, com média de 6,4. 

Melhor do Estado
Os dados divulgados pelo IBGE apontam que 31,6% da população são ocupados, o que coloca o município em 10º lugar no RJ. 25,8% da população vivem com meio salário mínimo. Apesar de representar um quarto da população, Nova Friburgo é quem apresenta a menor parcela nessa faixa entre os 92 municípios do Estado.

Agricultura e indústria
Nova Friburgo se mantém como o 5º maior produtor agropecuário do Estado, respectivamente atrás de Teresópolis, Campos, São Francisco de Itabapoana e Sumidouro. Na produção industrial, caiu uma posição, passando do 25º para o 26º lugar. O município possui 6.938 empresas em atuação, sendo o 8º no ranking do Estado.

Pouco arborizada
O 11º maior município do Estado em termos territoriais e o 15º mais populoso, Nova Friburgo é o 19º em urbanização de vias públicas, com 58,2%. Detentor de grande mata atlântica, o município passa vergonha quando o tema é arborização em vias públicas. Segundo o IBGE, apenas 38,3% da área urbanizada é arborizada. Isso coloca a cidade na 74ª posição no estado do Rio e na 4589ª entre os 5570 municípios do Brasil.

Raio-X Educação
98,7% das crianças entre seis e 14 anos estão escolarizadas, o que coloca Nova Friburgo na 12ª posição do ranking estadual. Ainda no Estado, o município é o 11º no IDEB para as séries iniciais do fundamental, e o 33º nas séries finais do segmento, apuração relativa a 2017. Dados de 2018 apontam o município com 22.721 matrículas no fundamental, com 1.454 professores, em 139 escolas. 5.938 no médio para 43 escolas, com 705 docentes.     

Queda brutal nas vagas de creches
Dado destacado é a queda no número de crianças nas creches. O município apresenta a menor quantidade desde que a série histórica foi criada, em 2005. Dos 6.988 daquele ano, caiu para 4.188 em 2018. Em 2011, mesmo com a tragédia climática, 5.841 crianças estavam nas creches.  

VAR na fase preliminar
O regulamento do Estadual prevê a utilização do VAR (árbitro de vídeo) nas semifinais e finais de turnos e nas semifinais e finais do campeonato em si. Outra novidade é que o sistema também está previsto para os jogos da fase preliminar. Nas demais partidas a utilização do árbitro de vídeo está descartada

Árbitro de vídeo
No entanto, até o momento do fechamento desta edição, a Federação de Futebol ainda não havia confirmado se houve tempo hábil para que o VAR seja utilizado na rodada inicial deste fim de semana.

Arbitragem
Outro problema é a crise que se instalou na arbitragem fluminense, após a operação Cartão Vermelho da Polícia Civil. A questão eleva a tensão dias antes do início do principal campeonato realizado pela Federação que diz estar cooperando com as investigações.

Friburguense
Começa domingo, 22, a saga de apenas cinco jogos para que o Friburguense volte à elite do Campeonato Estadual. Em verdade já retornou na teoria, mas enfrentar os grandes e receber cota de TV total depende de avançar à fase principal.

Tabela
Começar bem diante do Nova Iguaçu, fora de casa, é determinante na primeira das cinco finais. O fator emocional é apontado como fundamental. Para o Friburguense dois aspectos colocam o time em evidência sobre os demais: entrosamento da equipe e invencibilidade nos jogos em casa.

Fator casa
Sem perder a um ano e quatro meses no Eduardo Guinle, sendo oito vitórias e quatro empates, a matemática não mente. Conseguindo nove pontos em casa, a classificação fica praticamente garantida. Com 10 pontos, é mais do que certa.

Mais jogos em casa
Friburguense, Nova Iguaçu e Macaé fazem três partidas em casa, enquanto América e Americano, duas. O mando de campo do Americano não será exatamente em casa. O time campista mandará seus jogos em Cardoso Moreira. Mesmo problema acomete o Macaé que ainda não conseguiu liberação para jogar no Moacyrzão. Com isso, o Friburguense pode vir a jogar em campo neutro contra o time de Macaé.      

Palavreando
“Se olhar pra trás, muitos desejos não se consumaram e nem tudo que se quer se realizou ou se realiza. Ao olhar pra trás, perguntas nos consomem no arbítrio dos questionamentos. O que houve? E por quê? O que fiz ou deixei de fazer? Não é difícil dizer, ainda que nem sempre seja fácil aceitar: não temos controle de tudo”.

Foto da galeria
Que as cores do Friburguense brilhem na seletiva. Depois da conquista da segundona, é hora de se ver brilhar no rápido torneio que levará dois de seis times para a fase principal do Estadual. Que seja a primeira conquista para muitas outras, como vagas na Série D do Brasileiro e Copa do Brasil. Mas, pra isso, tem que ir à fase principal.
TAGS:
Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.