Colunas
“Não quero saber de política”
Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.
Hoje é dia
- da Lei de Defesa do Direito do Consumidor (em 1990)
O dia
Em 11 de setembro de 2001, as torres do World Trade Center de Nova York, nos Estados Unidos, foram reduzidas a escombros quando dois aviões se chocaram contra elas. Outra aeronave foi lançada no Pentágono, em Washington, e um quarto avião caiu na Pensilvânia. Os atentados foram atribuídos à rede Al-Qaeda, de Bin Laden.
Palavreando
“Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação”
Dalai Lama
Observando
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“Não quero saber de política”
“Não quero saber de política”. Na boca do brasileiro essa frase parece um refrão, um refrão de uma marcha fúnebre que decreta a morte das possibilidades. A indignação, que por acaso é de todos nós, e inclusive de bons políticos também, é legitima, mas a política, meus caros, vai continuar comandando nossas vidas e se você não quer saber dela, depois não deve reclamar ao perceber que ela não quer saber de você. Democracia exige reciprocidade, mesmo uma de baixa intensidade como é a nossa.
A indiferença com a política gera um Congresso Nacional indiferente com o país, esse país imenso onde fica nosso estado, nossa cidade, nosso bairro e sua rua. Discutimos quem será o próximo ou a próxima presidente, e esquecemos que presidentes se submetem ao Congresso, Senado e Câmara Federal, o mesmo serve para o governo do estado e a Alerj.
Na turma da galera que não quer mais saber de política constam dois times – “não voto” e “troca todo mundo”. A generalização é o campo da ação. Nenhum político presta, ninguém faz nada pela minha rua, a passagem do ônibus está cara, o serviço é ruim. E é tudo verdade. Quem está enfurecido com esses problemas que se acumulam, está com toda razão. O que falta é paciência para entender quem são os culpados. As ruas da cidade estão abandonadas e por isso não votam para presidente da República. Nesse caso, até o Temer merece defesa. Não é dele a função de fazer a manutenção das ruas do município, nem dele, nem do senador, nem do deputado estadual, nem do deputado federal, nem do governador. Há cerca de dois anos elegemos prefeito e vereadores para isso.
É fato que se as coisas não vão bem no estado e no país, elas afetam a vida do município, e nos últimos quatro anos elas foram de mal a pior. Crises política e econômica nos arrastaram para um limbo onde quando não retrocedemos é porque estávamos estagnados. E é para sair dessa que se interessar pela política é urgente. Precisamos do máximo possível de candidatos e candidatas eleitas que nos representem.
Pegue a sua indignação e transforme-a em uma força motora. Faça o dever de casa, se não souber, descubra o que faz um deputado estadual, um federal, um senador, o governador e o presidente da República. E não saber exatamente o que cada um faz não te torna ignorante. É complicado, a burocracia da vida pública existe justamente para criar esse conflito, e por consequência gerar nosso afastamento da condução de cada processo. É por isso que precisamos ser cada vez mais interessados e atentos, não o contrário. É quando desistimos que a velha política vence. E se é justamente dela que estamos cansados, por que deixar que ela vença graças à nossa indiferença? Brasil no fundo do poço? Não com a minha autorização. Eu quero saber de política. E você?
Fome e desperdício
Segundo o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU), Daniel Balaban, atualmente 14 milhões de brasileiros vivem em situação de incerteza, sem saber se terão comida suficiente todos os dias. O representante da ONU acredita que parte da solução para este problema pode ser a redução do desperdício de alimentos. De acordo com Balaban, são desperdiçadas todos os anos cerca de 26 milhões de toneladas de alimentos. Em todo o mundo, são jogadas fora anualmente 1,2 bilhão de toneladas de comida em condições de ser consumida. A ONU acredita que o desperdício pode ser reduzido com mudanças culturais e de hábitos cotidianos.
Desperdício nos lares do Brasil
Um recente levantamento realizado pela Unilever mostrou que 61% dos brasileiros descartam, semanalmente, um ou dois alimentos em perfeito estado. Quase metade (49%) dos entrevistados assumiram fazer isso diariamente. Quem compra e desperdiça assume que o grande problema é a falta de inspiração (81%). Muitos olham para a geladeira, mas não sabem o que cozinhar ou comer (78%). Outras questões citadas como razões para o desperdício foram: a compra de comida além do necessário (54%), pais que adquirem opções extras para satisfazer o gosto de diferentes membros da família (37%) e compra de alimentos diferentes do habitual para testar, que acabam não agradando (31%). Os tipos de alimentos mais desperdiçados são os perecíveis, como saladas (74%), vegetais (73%) e frutas (73%). Na hora de decidir se joga fora, o brasileiro leva em conta cheiro e aparência (85%) e prazo de validade expirado (83%). E você, o que está desperdiçando? Que tal observarmos melhor essa conduta e virarmos esse jogo?
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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